Saúde: PS «chumba» audição da ministra - TVI

Saúde: PS «chumba» audição da ministra

  • Portugal Diário
  • 12 fev 2008, 17:36
Ana Jorge, nova Ministra da Saúde (JOÃO RELVAS/LUSA)

PSD, PCP e Bloco queriam ouvir Ana Jorge em Março

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O PS «chumbou» os pedidos do PSD, PCP e Bloco para a audição da nova ministra da Saúde depois de o Governo ter anunciado que Ana Jorge estava disponível para uma reunião na comissão em Março.

«Um mês e meio é um prazo perfeitamente razoável para a audição com a ministra», justificou a deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos, na reunião da comissão parlamentar de Saúde em que os três requerimentos foram rejeitados.

O facto de Ana Jorge ter manifestado, através de uma carta do ministro dos Assuntos Parlamentares, a vontade de antecipar a audição de 22 de Abril, ao abrigo do novo regimento, para a primeira quinzena de Março é «uma prova da sua vontade» em ir ao Parlamento.

«Melhores e mais cuidados de saúde»

«Estão a matar-nos»

PSD, PCP e Bloco tinham proposto a audição da ministra para a ouvir quanto à política para o sector, na sequência da demissão de Correia de Campos.

Já antes o PCP e o Bloco queriam ouvir Correia de Campos, nomeadamente sobre a polémica reestruturação dos serviços de urgência hospitalares.

Apesar do anúncio da disponibilidade da ministra em explicar-se na Assembleia em Março, todos os partidos mantiveram os seus requerimentos com o argumento de que Ana Jorge, enquanto técnica com experiência na área, já teve tempo suficiente para analisar os «dossiers».

Ana Manso, do PSD, argumentou que era necessário ouvir Ana Jorge sobre as políticas a seguir, dado que o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que a estratégia se mantém, embora alterando «métodos».

João Semedo, do BE, acusou a maioria socialista de querer «adiar» a audição da ministra, ao inviabilizar os requerimentos para que fosse ouvida já no Parlamento, apenas permitindo antecipar a reunião regimental em Março.

O deputado e líder parlamentar comunista Bernardino Soares acusou o PS de tentar «esquivar-se» a ser confrontado com as suas opções na política de saúde, admitindo que a ministra venha a explicar primeiro as suas políticas aos «media» e só depois no Parlamento.
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