Greve: Sócrates confiante que sindicatos vão respeitar serviços mínimos - TVI

Greve: Sócrates confiante que sindicatos vão respeitar serviços mínimos

José Sócrates em debate quinzenal no Parlamento (Lusa)

Primeiro-ministro acredita que sindicalistas compreendem as medidas de austeridade do Governo

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O primeiro-ministro mostrou-se confiante que haverá acordo com os sindicatos na definição de serviços mínimos para a greve geral de quarta-feira e adiantou que muitos sindicalistas compreendem as medidas de austeridade do Governo.

José Sócrates falava aos jornalistas no Parque das Nações, no final da sessão de apresentação sobre os dados referentes ao potencial científico e tecnológico de Portugal em 2009.

Interrogado sobre a possibilidade de se vir a assistir na quarta-feira a um diferendo entre sindicatos e Governo na definição de serviços mínimos, o primeiro-ministro referiu que «esse cenário não se deverá colocar».

«Os serviços mínimos são um aspecto que está consagrado na lei. Tenho a certeza que todos os sindicatos vão respeitar», respondeu.

José Sócrates disse mesmo não ter nenhuma indicação que seja necessário ao Governo proceder a medidas de requisição civil em algum sector.

«No entanto, se for necessário, fá-lo-emos, porque a lei da greve consagra o direito à greve, respeitando também a liberdade de terceiros no sentido de poderem ser atendidos. Por isso, os serviços mínimos servem para defender o interesse geral», declarou.

Em relação à greve geral de quarta-feira, o primeiro-ministro disse que «neste país respeita-se o direito à greve».

«Mas acho que os trabalhadores têm perfeita consciência que o Governo está a defender o emprego. Se não fizéssemos um Orçamento como o que deverá ser aprovado sexta-feira, não estaríamos a defender o emprego e a economia», sustentou.

Neste contexto, o primeiro-ministro insistiu que as medidas de austeridade «não foram tomadas de ânimo leve».

«Este foi mesmo o último recurso e o Governo não tinha qualquer outra alternativa. Tenho a certeza que muitos sindicalistas sabem que estas medidas do Governo ou eram tomadas ou então não estaríamos a defender os interesses do país», acrescentou.
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