Madeira: «troca de mimos» no Parlamento - TVI

Madeira: «troca de mimos» no Parlamento

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Assembleia regional celebrou 25 de Novembro sem os deputados do PS, BE e PND. Jaime Ramos chamou «chulo da sociedade» ao deputado do PCP

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Os deputados do PS, BE e PND faltaram à sessão comemorativa do 25 de Novembro na Assembleia Legislativa da Madeira que durou pouco mais de trinta minutos e ficou marcada por mais uma polémica.

Ao deputado do PSD/M José Prada coube a intervenção da bancada social-democrata, o qual afirmou que «recordar o 25 de Novembro de 1975 é recordar o marco histórico que ela representa como restauração da democracia em Portugal», mencionou.

Para o PSD/M este é também o tempo de «denunciar as constantes campanhas no continente contra a Madeira» e «a falta de respeito pelo Estado de Direito», dando como exemplo lamentável «o alheamento institucional do Governo da República e do seu primeiro ministro em relação à região».

«Em 32 anos de regime autonómico, nunca como agora os poderes da República questionaram de forma tão descarada os próprios fundamentos constitucionais das autonomias insulares, invadindo, desavergonhadamente, as suas competências legislativas», acusou.

José Prada garantiu a que os madeirenses «nunca se conformarão com a existência de um verdadeiro défice de respeito pela autonomia regional na actuação da República e dos seus órgãos de soberania».

Teceu criticas ao «inepto actual Governo da República que tem a Madeira como um alvo a abater», defendendo que «neste momento e com este governo, Portugal escreve um página infeliz e dramática da sua história contemporânea».

«Data de somenos importância»

Leonel Nunes do PCP criticou o facto do 25 de Abril ser celebrado na Madeira como «data de somenos importância, conforme a vontade e os humores de Alberto João Jardim», esquecendo que «a democracia, a liberdade e a autonomia são filhas de Abril e não de Novembro».

Argumentou que o PSD na Madeira e o PS a nível nacional, liderados por Jardim e José Sócrates «são os protagonistas e os responsáveis pelas dificuldades que se agravarão nos próximos tempos» e considerou que o 25 de Novembro foi «um verdadeiro golpe de tartufos».

Após a intervenção de Leonel Nunes houve uma troca de «bocas» entre o deputado e Jaime Ramos (PSD), tendo o líder parlamentar «laranja» chamado «chulo da sociedade» ao representante do PCP.

Os partidos que faltaram a esta sessão solene explicaram as razões da sua ausência, dizendo que se recusam participar nas comemorações do 25 de Novembro «enquanto o 25 de Abril não for comemorado na Assembleia Legislativa».
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