BE: «Direita sempre quis a vinda do FMI» - TVI

BE: «Direita sempre quis a vinda do FMI»

Parlamento

José Manuel Pureza diz que PS e PSD não querem assumir o ónus das medidas que pretendem aplicar

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O líder parlamentar do BE, José Manuel Pureza, anunciou o voto do seu partido contra o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), acusando a direita pretender a entrada do Fundo Monetário Internacional em Portugal para não ter de ficar com o ónus das medidas que pretende aplicar.

«A direita sempre quis a vinda do FMI para se desobrigar do trabalho sujo de aplicar o programa que sempre foi o seu», disse José Manuel Pureza, na última intervenção do BE na discussão do PEC que se realiza esta quarta-feira à tarde no Parlamento.

Para os bloquistas, PS e PSD «entretiveram o país nos últimos dias numa discussão de alto interesse semântico, sobre se a carta do Governo à Comissão Europeia chegou a Bruxelas às 10:15 ou às 10:15». «Por trás dessa diferença de enorme dimensão está o seu acordo essencial na política de desastre, que são os PEC», salientou Pureza.

Para o deputado, as medidas de austeridade terão apenas como resultado a recessão e os problemas económicos pelos quais estão a passar outros estados europeus.

«O caminho dos PEC, que nos é anunciado como inevitável, levou a que a Grécia tivesse perdido quase 10 por cento do produto nos últimos dois anos e a que a Irlanda tenha o maior crescimento do desemprego de toda a UE», afirmou.

«O Orçamento do Estado previa um crescimento de 0,2%, o PEC prevê agora uma retracção de 0,9%. O Governo é, por isso, o primeiro a reconhecer que este PEC vai ter um impacto recessivo de mais de 1% do PIB», anotou.
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