Sócrates defende Novas Oportunidades - TVI

Sócrates defende Novas Oportunidades

José Sócrates

Primeiro-ministro não quer que o país «volte atrás e seja novamente um mercado de mão-de-obra barata»

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou este sábado, no Porto, que este Governo foi o primeiro a apostar na educação e formação como forma de ultrapassar as desigualdades existentes em Portugal, refere a Lusa.

«Muita gente usou, na retórica, o discurso da desigualdade, mas ninguém assumiu como nós que a educação e a formação são a melhor maneira de ultrapassar a desigualdade», disse, no encerramento de uma sessão das Novas Fronteiras.

Num discurso centrado quase em exclusivo no programa Novas Oportunidades, «indissoluvelmente ligado às Novas Fronteiras» e que mobiliza 500 mil portugueses, Sócrates afirmou que um maior investimento de cada um em si próprio é a melhor forma de eliminar as desigualdades existentes no país e permitir maiores rendimentos e salários.

«Não somos daqueles a favor da igualdade plena, mas sim de que ninguém seja deixado para trás», disse o chefe do Governo. Numa economia global onde Portugal pretende ser competitivo, José Sócrates frisou não querer que o país «volte atrás e seja novamente um mercado de mão-de-obra barata».

Duas mudanças fundamentais: ensino de inglês e contacto com as novas tecnologias

«Surgiu um movimento silencioso em todo o país porque as pessoas perceberam que aqui a questão central é a de que não há sucesso, individual ou colectivo, sem conhecimento», afirmou.

Na educação, disse o primeiro-ministro, as mudanças foram tantas que «a escola pública hoje é muito diferente da de 2005», particularmente com duas inovações que levarão a que a geração actualmente com seis a dez anos venha a ser, quando adulta, mais apetrechada que a actual para competir nos mercados globais: o ensino de inglês e o contacto com as novas tecnologias.

«Mas não podemos esperar 15 anos. Por isso criámos as Novas Oportunidades», acrescentou José Sócrates, que salientou a baixa percentagem - 30 por cento da população activa - de pessoas em Portugal com o 12º ano concluído.

Para além dos meios humanos disponíveis, o primeiro-ministro salientou a existência dos meios financeiros necessários para que as Novas Oportunidades se concretizem, graças ao aumento, no QREN, de 26 para 37 por cento das verbas comunitárias destinadas a formação, educação e ciência.

«Tenho ouvido muita gente dar prioridade à educação e à formação, mas vi fazerem muito pouco», disse, salientando que «pela primeira vez Portugal investe tanto quanto os países mais desenvolvidos da Europa» nesta área.
Continue a ler esta notícia