Sócrates diz que vai lutar contra uma «visão retrógrada» - TVI

Sócrates diz que vai lutar contra uma «visão retrógrada»

Na «rentrée» do PS, o secretário-geral dos socialistas afirmou que «é tempo de lutar por um país de progresso»

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O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou este sábado, na «rentrée» dos socialistas, que vai lutar contra uma «visão retrógrada», noticia a Lusa. Sócrates disse ainda que nas próximas legislativas de 27 de Setembro vai estar em jogo uma escolha entre «duas mundivisões».

«Estamos aqui para lutar contra uma visão passadista, uma visão retrógrada, conservadora, que não está à altura dos tempos. Este é o tempo de lutarmos por um país de progresso, de futuro, europeu e à altura do seu tempo, com abertura, tolerância e vontade de vencer», afirmou Sócrates.

O líder dos socialistas nunca se referiu directamente à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite. No entanto, Sócrates afirmou que nas eleições legislativas estará em jogo uma visão de progresso e modernidade (a visão do PS) contra uma visão retrógrada e conservadora.

«Há duas formas de olhar para a sociedade e para o futuro. Aqui, neste partido, neste Governo, ninguém acredita que o casamento deve servir apenas para a procriação; aqui ninguém acredita que é preciso uma lei do divórcio que o dificulte, porque aqui acredita-se na liberdade e na tolerância», declarou, perante uma plateia de jovens.

Já numa crítica implícita a Ferreira Leite afirmou que «aqui, no PS, ninguém se lembraria de dizer que as obras públicas é para dar emprego a cabo-verdianos ou ucranianos. Essa mundivisão não tem lugar nem no PS nem num país progressista e moderno como queremos para Portugal».

Em Torres Vedras, na Praia de Santa Cruz, onde decorre a «rentrée» do partido, Sócrates disse que, caso vença as eleições, será aprovada uma lei que dará os casais que vivem em união de facto os direitos sociais que se aplicam aos casais casados.

«Queremos que seja possível viver em união de facto sem que se perca qualquer direito social. Por isso, garanto que também neste domínio evoluiremos», disse.

«Quero que saibam que nós não deixaremos de lutar pelos direitos sociais de todos os que escolheram livremente viver em união de facto. Não foi possível aprovar essa lei nesta legislatura, mas aprová-la-emos na próxima se ganharmos as eleições», afirmou.
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