Guarda: PSD envia relatório sobre projectos de Sócrates à PJ - TVI

Guarda: PSD envia relatório sobre projectos de Sócrates à PJ

José Sócrates

Presidente da Câmara recusa entregar processo à IGAT

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O presidente da Câmara da Guarda (PS) recusou esta quinta-feira enviar para a Inspecção-geral de Administração do Território (IGAT) o relatório da comissão interna sobre licenciamento de projectos assinados por José Sócrates nos anos 80, por considerar que «está tudo esclarecido», refere a Lusa.

No final da reunião do executivo municipal, os três vereadores do PSD confirmaram que iriam enviar hoje o referido relatório para a Polícia Judiciária (PJ) e para o Ministério Público (MP) por considerarem que o documento não apresenta «conclusões satisfatórias».

«Eu já dava este processo por encerrado porque a comissão de averiguações fez um trabalho exemplar, isento e honesto», disse Valente, afirmando que para a Câmara «o assunto está encerrado».

O autarca garantiu que os projectos assinados por Sócrates «foram todos aprovados com pareceres» dos técnicos que «estão perfeitamente claros».

«Reafirmo a confiança que tenho em todos os técnicos, quer daqueles que desde 1980 deram os pareceres» quer «naqueles que fizeram parte da comissão de averiguações, porque são pessoas independentes, honestas e isentas, fizeram o trabalho que lhes competia».

Apesar de recusar participar o caso à IGAT, o autarca refere que «o relatório é público» e «as entidades que entenderem que suscita algumas dúvidas que façam os procedimentos que acharem adequados».

Os três vereadores do PSD na Câmara da Guarda entendem que o processo «é tudo menos transparente e claro».

A vereadora Ana Manso justifica a decisão, afirmando que «a averiguação foi levada a cabo por uma comissão interna constituída por funcionários da Câmara com total subordinação hierárquica e funcional ao executivo».

Por outro lado, o relatório, apresentado um ano após a denúncia da situação «é muito vago, não é claro» e «não nos apresenta conclusões satisfatórias que destruam completamente todas as suspeitas».

«Como entendemos que as instituições e as pessoas, designadamente o primeiro-ministro têm direito ao bom-nome e queremos a verdade acima de tudo, entendemos que o devemos enviar ao MP e à PJ», afirmou.

A comissão interna que analisou o licenciamento dos projectos assinados por José Sócrates na década de 80 concluiu que não existiram «diferenças assinaláveis» na rapidez com que estes foram aprovados pela Câmara da Guarda.
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