Passos e a sondagem: «País deseja a mudança» - TVI

Passos e a sondagem: «País deseja a mudança»

Líder do PSD ignora descida na preferência dos portugueses e garante estar convencido que vai ganhar no dia 5 de Junho

Pedro Passos Coelho reagiu com muito cuidado à sondagem da Intercampus para a TVI e jornal Público que dá um empate técnico entre PS e PSD. «Não vou fazer análises sobre sondagens, nunca o fiz até hoje», referiu à TVI. «Estou convencido que o país tem um forte sentimento de mudança, e de que ele se vai tornar muito real nas eleições do próximo dia 5 de Junho.»

A sondagem agora conhecida dá conta de uma queda do PSD, que de uma vantagem de 6,4 por cento na segunda-feira, passou para uma vantagem de apenas 1,7 por cento nesta sexta-feira. Apesar disso, Passos Coelho garante que quando sai à rua não é um desinteresse pelo PSD que encontra na voz das pessoas.

«Tenho encontrado por todo o lado por onde tenho passado uma grande vontade de mudança, é isso que eu sinto que o país deseja. O país não me ouvirá comentar sondagens, só me ouvirá dizer que é preciso confiança para fazer essa mudança», referiu.

«Se não mudarmos o desemprego vai continuar a aumentar, a desconfiança no Estado vai continuar instalada e os portugueses terão mais dificuldades em atingir os objectivos, em pagar o que devem e o que ficaram a dever destes anos todos. Espero que os portugueses mostrem nas eleições vontade recuperar a sua dignidade enquanto país.»

Pelo meio Pedro Passos Coelho garantiu que esta queda nas sondagens não encontra explicação na polémica em torno do aborto lançada ontem pelo líder do PSD. «O país sabe que não vale a pena continuar a fingir e a fazer de conta. Não acredito que o país queira mais candidatos a primeiro-ministro que só dizem o que é conveniente e que disfarçam o que está mal.»

«Eu gosto de enfrentar os problemas, gosto de dizer às pessoas o que está mal e gosto de lhes contar com o que podem esperar se escolherem o PSD. Mas não estou agarrado a nada, faço aquilo em que acredito, aquilo que me dita a minha consciência e esperarei com consciência o que os portugueses decidirem. Eu não quero mandar no país, quero liderar uma mudança grande no país, com os portugueses e com Portugal.»
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