Gebalis: «A montanha pariu um rato» - TVI

Gebalis: «A montanha pariu um rato»

Afirmou Maria José Nogueira Pinto. Vereadora conheceu hoje a auditoria interna da CML sobre a empresa

Relacionados
Na reunião da Câmara Municipal de Lisboa (CML) desta quarta-feira, Carmona Rodrigues apresentou aos vereadores a conclusão da auditoria que mandou realizar, com base no relatório pedido pelo vereador Sérgio Lipari à empresa municipal Gebalis e que foi alvo de muitas críticas, na altura, por parte de toda a oposição.

No final do encontro, entre a vereação, as opiniões foram divergentes perante a mesma conclusão. Maria José Nogueira Pinto que tutelou a Gebalis, enquanto existiu coligação na autarquia, considerou em declarações aos jornalistas que «a montanha pariu um rato». Porque, acusa, «foi lançado um balde de lama sobre a empresa que a paralisou» e sem razão para tal. Isto, após o vereador Sérgio Lipari tornar público o relatório elaborado por uma comissão nomeada por si e que tinha conclusões «arrasadoras».

A ainda vereadora democrata-cristã defendeu que grande parte das acusações levantadas foram consideradas, pelos auditores, «não fundamentas e inconsequentes». Mas as suas críticas foram mais longe e revelou que alguns dos pontos que deixaram dúvidas aos auditores se relacionavam com decisões tomadas entre 2001 e 2005. Anos em que não esteve ligada à empresa e na qual o vereador Sérgio Lipari tinha um cargo de director.

Mas outro motivo deixou a Nogueira Pinto «satisfeita». O relatório de contas da empresa foi aprovado, sem que se «comprovassem» os valores referidos publicamente pelo actual autarca da pasta, Sérgio Lipari, que a acusava de má gestão.

«Tudo confirmado»

Em declarações aos jornalistas, o vereador responsável pela polémica na empresa considerou que «a auditoria interna reitera o conteúdo do relatório» elaborado pela comissão que tinha nomeado. «No entanto, é preciso ler mais do que as conclusões para perceber onde estavam os problemas e seguir ponto por ponto», afirmou.

Tal como, acrescentou, o relatório de contas confirmava as suas suspeitas de «falência consolidada da empresa». Por fim, garantiu que ia insistir na «demissão do concelho de administração da Gebalis», na próxima reunião da CML.

José Sá Fernandes, um dos críticos do relatório mandado elaborar por Lipari, afirmou aos jornalistas que «dos 15 pontos terríveis nove foram completamente ilibados» e reafirmou que houve «uma má gestão do dossier». Desta forma, corroborou a conclusão seguida pela vereadora do CDS, Maria José Nogueira Pinto.

A discussão do relatório de contas da Gebalis e a sua auditoria serão discutidos na próxima reunião extraordinária da CML, marcada para a próxima segunda-feira, dia 16 de Abril.

Inconsequentes

Já esta tarde o presidente da Gebalis, Francisco Ribeiro, tinha afirmado que a auditoria verificara a maioria das situações apontadas pelo relatório inicial «inconsequentes», escreve a agência Lusa.

Francisco Ribeiro afirmou que «60 por cento» dos 15 pontos analisados pela equipa de auditores «foram considerados inconsequentes» e acrescentou que «não há nenhuma acusação de crime financeiro».
Continue a ler esta notícia

Relacionados