"Não foi o impacto das pensões que tem colocado problemas" à SS - TVI

"Não foi o impacto das pensões que tem colocado problemas" à SS

Ana Drago [LUSA]

Partido Livre/Tempo de Avançar considera "sacrossanta" a sustentabilidade da Segurança Social (SS) e culpa a recessão e o desemprego pelos problemas da SS

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O Livre/Tempo de Avançar considera "sacrossanta" a questão da sustentabilidade da Segurança Social, defende a diversificação das fontes de financiamento do sistema, mas contesta a intenção do PS de reduzir a taxa social única (TSU).

Esta posição foi transmitida por Rui Tavares, um dos fundadores do Livre/Tempo de Avançar, movimento político que apresentou hoje os seus princípios programáticos.

"A sustentabilidade da Segurança Social é sacrossanta para o Livre/Tempo de Avançar e somos contra formas de experimentalismo que reduzam as possibilidades dessa sustentabilidade. Por essa razão, temos estado contra a possibilidade de diminuição da TSU prevista no quadro macroeconómico do PS", declarou o ex-eurodeputado eleito como independente pelo Bloco de Esquerda em 2009.

No entanto, tal como o PS, também Rui Tavares, defendeu a necessidade de ampliar as fontes de financiamento do sistema de Segurança Social.

"Para sustentar a Segurança Social, é necessário diversificar as suas fontes de financiamento, indo buscar dinheiro em várias áreas da economia que são pouco intensivas em trabalho. É o exemplo da área tecnológica, que emprega pouca gente, mas que gera rendimento elevado", apontou.

Rui Tavares defendeu ainda o combate "aos falsos recibos verdes, pessoas que todos os meses trabalham para as mesmas pessoas e que deveriam ser contratados".

Por sua vez, a ex-deputada do Bloco de Esquerda e fundadora do Livre/Tempo de Avançar Ana Drago salientou que "não foi o impacto das pensões que tem colocado problemas de sustentabilidade".

"Tem sido antes a enorme recessão e o impacto do enorme desemprego que existe na sociedade portuguesa. Para sustentar o Estado social e o sistema de Segurança Social é determinante uma política de criação de emprego, olhando para as pequenas e médias empresas que são determinantes na empregabilidade em Portugal", acrescentou Ana Drago.

 
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