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BE reafirma apoio a Alegre nas presidenciais

Louçã diz que «pode desafiar a reeleição de Cavaco Silva»

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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, reiterou este sábado o apoio a Manuel Alegre, afirmando-se confiante que esta candidatura «pode desafiar a reeleição de Cavaco Silva», noticia a Lusa.

Louçã falava aos jornalistas na sede do partido, no final de uma reunião da Mesa Nacional, órgão máximo entre convenções do Bloco, encontro onde a questão das presidenciais foi discutida.

Um grupo de militantes que discorda do apoio do BE a Manuel Alegre lançou um abaixo-assinado para convocar uma convenção extraordinária, considerando que o assunto das presidenciais foi pouco discutido pelo partido.

No entanto, Francisco Louçã adiantou que os promotores da iniciativa informaram que «o número de assinantes necessário ficou demasiado longe de ser alcançado», acrescentando que «não houve proposta de apoio a qualquer outro candidato ou de qualquer outra alternativa».

«Candidatura independente»

«Iremos para esta campanha com muita confiança, nas palavras de uma candidatura independente, livre, autónoma, que é a de Manuel Alegre, e que sobre todas as questões essenciais da vida portuguesa representa uma resposta da esquerda contra as privatizações, o ataque ao subsídio de desemprego, o desastre social que afecta os mais pobres e a favor de uma política de promoção de serviços públicos e de solidariedade», afirmou o dirigente do BE.

Francisco Louçã disse ter «muita confiança» de que a candidatura de Alegre «pode desafiar a reeleição de Cavaco Silva».

Sobre Fernando Nobre, que foi mandatário do Bloco nas eleições europeias de Junho do ano passado, o responsável disse que o partido vê «com simpatia a figura da intervenção humanitária» do presidente da AMI, mas afasta-se «muito da ideia de que não há esquerda nem direita e que a solução para o país é uma convergência de todos os partidos, uma espécie de Junta de Salvação Nacional», como defendeu este candidato presidencial.

Pelo contrário, o Bloco de Esquerda quer contribuir «para uma clarificação da esquerda, para grandes combates definidores do que é um Estado comprometido com políticas sociais e públicas» e «reconhece-se na convergência que pode ser mobilizada por essa luta coerente a favor de uma democracia económica».
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