BPN: accionistas devem pagar prejuízos - TVI

BPN: accionistas devem pagar prejuízos

Francisco Louçã

BE concorda que medida do Governo é «necessária para acabar com a aldrabice em que se transformou a gestão» do banco

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O Bloco de Esquerda (BE) declarou-se este domingo a favor da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) «desde que sejam os accionistas a pagar o prejuízo» e que o Governo exija contrapartidas destes apoios.

«Se o Governo nacionaliza o banco e se isso é necessário, o que nós queremos é garantir que nem um tostão dos impostos serve para pagar os prejuízos. Quem causou os prejuízos é que tem de vir pagá-los, que são os accionistas e os administradores», afirmou o líder do BE, Francisco Louçã.

«As pessoas não pagam IRS para que seja usado para pagar os desvarios

Para o líder do BE, «a nacionalização [do BPN] é necessária para acabar com a aldrabice em que se transformou a gestão deste banco desde que sejam os accionistas a pagar o prejuízo e não seja um cêntimo dos impostos».

«As pessoas não pagam IRS para que seja usado para pagar os desvarios ou os crimes cometidos em offshores por alguns banqueiros irresponsáveis e criminosos».

O líder do BE afirmou ainda que desde o início da crise financeira «sucedem-se as medidas confusas, sem uma estratégia de resposta do governo», defendendo que devem ser exigidas contrapartidas dos apoios dados aos bancos e que «a melhor medida para proteger a economia era obrigar a baixar os juros».

E «uma contrapartida» para as pessoas?

«O que o governo nunca tem feito quando garante dinheiro aos bancos, lhes facilita a vida e lhes garante juros mais baixos, é garantir uma contrapartida que é uma devolução às pessoas».

«É preciso que os bancos pratiquem juros mais baixos porque no final de Novembro o juro vai ser mais elevado do que no final de Outubro, que já foi mais elevado do que no final de Setembro. Os juros estão a baixar nos mercados internacionais pouquinho, mas continuam a aumentar para as pessoas».

O líder do BE lembrou que o partido tinha dito que era errada a injecção de 200 milhões de euros no BPN pela Caixa Geral de Depósitos, «porque o BPN estava falido e pôr dinheiro num banco falido é proteger os accionistas».
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