«País tem de se pôr de pé para impedir que se afunde» - TVI

«País tem de se pôr de pé para impedir que se afunde»

Francisco Louçã

Louçã lança apelo à mobilização dos cidadãos «de todas as cores»

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O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, disse esta quinta-feira que a luta dos trabalhadores da MoveAveiro «é um sinal para o País que tem de se pôr de pé» para impedir «que se afunde».

Louçã apelou à mobilização dos cidadãos, independentemente das suas opções políticas, nas manifestações previstas para sábado em diversos locais. Disse ainda esperar que haja força para convocar uma greve geral.

«Cada um tem a sua ideia, votou como votou, defende os seus, mas temos de estar juntos para não permitir que o País se afunde».

Para o dirigente bloquista, «uma resposta unida de gente de todas as cores é muito importante porque mostra força, que o País está vivo e com capacidade de resposta».

O líder do Bloco de Esquerda lembrou ter acompanhado as greves realizadas pelos trabalhadores da MoveAveiro, a empresa municipal de transportes urbanos, para exigir o pagamento atempado dos salários.

Louçã enalteceu a manifestação que fizeram quarta-feira pelas ruas da cidade, em protesto contra a supressão «das carreiras mais rentáveis», para serem exploradas por um operador privado, «o que vai levar à dispensa de 30 motoristas que deixam de ser necessários», disse fonte sindical à Lusa.

«Quero dar-vos os parabéns. Há um ano havia pouca gente a fazer o que têm feito e poucos se mexiam porque era a 'troika' e não havia nada a fazer. Passou um ano e é o país inteiro a reclamar, com o aumento dos impostos e o ministro ainda tem umas coisas na manga», comentou.

Francisco Louçã criticou a redução da taxa social única às empresas e o aumento da contribuição para a segurança social aos trabalhadores, dizendo que «é a primeira vez que se paga um imposto que sai do bolso do trabalhador para o cofre das empresas», o que «não se vê» em mais país nenhum.

«A vossa luta é um sinal importante no País e começa a haver mais sinais do que havia nos últimos tempos. O que nesta empresa se fez para defender metade dos postos de trabalho é de enorme dignidade porque as pessoas às vezes pensam 'isto não é comigo, paciência'. Aqui 'o que é com os outros é comigo amanhã' e todos têm família. Continuem muito unidos porque é isso que faz a vossa força», concluiu.
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