O Presidente da República escusou-se, nesta quinta-feira, uma vez mais, a responder se estará ou não presente na final da Taça de Portugal e, perante as perguntas dos jornalistas, recomendou apenas calma.
Não estejam nervosos. A final é só no domingo. Estamos hoje, quê, na quinta-feira? Então, verão no domingo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final da sessão de lançamento da campanha de 2018 do pirilampo mágico, na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas se já tomou uma decisão e se é verdade que não se quer sentar ao lado do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, o chefe de Estado insistiu na mesma resposta.
Não estejam nervosos, isso faz mal ao coração. No dia do pirilampo mágico, que é um dia de alegria, de sonho, de fantasia, de futuro, não vale a pena incomodarem-se com isso. Eu devo dizer que tenho lido e ouvido as coisas mais espantosas. E o meu espírito está noutro sítio completamente diferente. Portanto, não se enervem, não estejam tensos nem nervosos que não se justifica", reiterou.
Novamente questionado se admite entregar a taça no relvado do Jamor, o Presidente da República continuou sem esclarecer o que pretende fazer no domingo e insistiu na mensagem de calma.
Não se enervem nem estejam tensos por causa disso. Estamos na quinta-feira. Ainda falta sexta e sábado até domingo", insistiu.
Marcelo Rebelo de Sousa não quis também comentar a atuação do Sporting na sequência dos atos de violência praticados na terça-feira por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados contra jogadores e equipa técnica na Academia de Alcochete.
Estejam muito serenos e, sobretudo, concentrem-se no fundamental, ou seja, no pirilampo mágico", recomendou.
Ao contrário do Presidente da República, o primeiro-ministro António Costa confirmou que vai estar presente na final da Taça de Portugal "com muito gosto".
Também nesta quinta-feira, em comunicado, Bruno de Carvalho criticou Marcelo por "não ter sido taxativo" a confirmar a presença no Jamor, uma manobra que disse lamentar e lhe permite apenas fazer "duas leituras".
Em primeiro, que o chefe de Estado "lhe está a imputar responsabilidades", (...) deixando instalar a dúvida”. Em segundo, que Marcelo Rebelo de Sousa está “disponível para aceitar que um grupo de marginais ponha em causa a realização de um evento relevante e que se ache no direito de acreditar que influencia as suas decisões".