PSD: Marco António Costa discorda do FMI sobre salário mínimo - TVI

PSD: Marco António Costa discorda do FMI sobre salário mínimo

Marco António Costa (Lusa/Tiago Petinga)

«Discordo frontalmente dessa opinião do FMI sobre o salário mínimo», disse o coordenador da Comissão Política do PSD

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O coordenador da Comissão Política Nacional do PSD, Marco António Costa, afirmou hoje discordar «frontalmente» da oposição do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao aumento do salário mínimo e referiu que Portugal «caminha para um espaço de liberdade».

«Nós respeitamos sempre as opiniões de todas as instituições. É sabido que eu tenho há muito tempo uma divergência latente com muitas das posições do FMI. Discordo frontalmente dessa opinião do FMI sobre o salário mínimo», declarou Marco António Costa à agência Lusa.

A este propósito, o porta-voz e coordenador da Comissão Política Nacional do PSD assinalou que se aproxima a conclusão do programa de resgate a Portugal: «Nós respeitamos muito as opiniões do FMI, mas é importante percebermos que o país caminha para um espaço de liberdade. Agradecemos muito a ajuda que nos foi dada pela "troika", mas não queremos prescindir do nosso espaço de liberdade».

Marco António Costa acrescentou que o PSD subscreve a importância de haver «consenso quanto à política de rendimentos», num contexto que alegou ser de «transição para um novo ciclo de crescimento económico, com descida do desemprego e aumento do emprego».

O porta-voz do PSD apelou à «disponibilidade dos agentes políticos e parceiros sociais» para «construir um quadro de previsibilidade e a estabilidade relativamente ao futuro» sobre «a atualização da política de rendimentos associada à produtividade».

O dirigente social-democrata dirigiu-se em especial ao PS, a quem pediu que «abandone o auto isolamento e passe a ser um agente disponível para o diálogo político».

Quanto à eventual diminuição do IRS, o porta-voz do PSD considerou que não existe nenhum problema dentro do executivo PSD/CDS-PP: «Não vejo que haja».

No seu entender, nesta matéria o Governo seguirá uma «metodologia de análise muito séria, como aconteceu com o IRC».

Questionado sobre o possível aumento da taxação sobre produtos nocivos para a saúde, Marco António Costa desvalorizou o assunto: «Parece-me que há um ponto de referência que é a taxação do tabaco e do álcool. Admito que seja uma matéria menor. Devemos olhar para as grandes questões, em vez de para as pequenas quezílias».
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