PSD convicto da «boa-fé» da gestão antiga - TVI

PSD convicto da «boa-fé» da gestão antiga

  • Portugal Diário
  • 22 fev 2008, 16:42

Auditoria pretende demonstrar com «a maior transparência» a inexistência de irregularidades

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O PSD esclareceu esta sexta-feira que a auditoria às contas do partido pretende demonstrar com «a maior transparência» a inexistência de irregularidades, manifestando a convicção que os anteriores responsáveis terão atendido aos princípios de «boa-fé e critérios de boa gestão».

Numa nota de «esclarecimento» enviada à comunicação social, a direcção do PSD recorda a recente condenação dos sociais-democratas por «incumprimento da lei de financiamento dos partidos», a primeira na «história da democracia» portuguesa. «Ignorar esta mácula no Partido (¿) seria não compreender que a relação dos partidos políticos com o seu eleitorado, e com os seus militantes, é uma relação da mais elementar confiança», lê-se no comunicado.

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Na terça-feira, o Tribunal Constitucional condenou o PSD a pagar uma coima de 35 mil euros por ter recebido ilegalmente da construtora Somague um donativo indirecto de 233.415 euros, valor que terá que entregar ao Estado. No mesmo dia, o secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, anunciou que a direcção social-democrata decidiu realizar uma auditoria administrativa e financeira às contas do partido desde 2001.

«Muito por força desta situação a direcção decidiu hoje mesmo realizar de imediato uma auditoria administrativa e financeira às contas do PSD desde o ano de 2001 por uma entidade externa e independente», afirmou o secretário-geral do PSD.

No dia seguinte, o presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, demarcou a sua liderança da ilegalidade financeira cometida em 2001, quando Durão Barroso estava à frente do partido. «Independentemente de o PSD ser só um, este meu PSD não tem nada a ver com isso», declarou Luís Filipe Menezes.

Hoje, em comunicado, a direcção do PSD sublinha que o partido «tem que fazer tudo ao seu alcance para comprovar a sua idoneidade e credibilidade». «O PSD, que pugna pelo rigor e pela transparência, não pode admitir que se mantenha uma sombra de suspeição intolerável num partido que, cada vez mais, se quer aberto à sociedade e participado por todos», é ainda referido.

A realização da auditoria já mereceu críticas por parte do deputado e ex-ministro da Justiça José Pedro Aguiar Branco, que a considerou «um erro» que «revela a pequena dimensão» de Ribau Esteves. Entretanto, os três últimos secretários-gerais do PSD garantiram à Lusa a transparência das contas do partido, lembrando que estas já foram auditadas por entidades externas e internas. No entanto, José Luís Arnaut, Miguel Relvas e Miguel Macedo não colocam objecções à decisão de realizar uma auditoria.
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