PSD pode aceitar aumento de impostos - TVI

PSD pode aceitar aumento de impostos

Miguel Relvas - TIAGO PETINGA/LUSA

Desde que o Governo esteja disposto a um corte de valor igual na despesa

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O porta-voz do PSD admitiu que, se o Governo vier a propor um aumento de impostos, os sociais-democratas possam aceitar esse aumento da receita, desde que haja um corte de valor igual na despesa.

O porta-voz e secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, falava aos jornalistas em Santarém, antes de uma reunião extraordinária do Conselho Nacional do PSD, que começou cerca das 22h00.

Questionado sobre se o PSD concorda com um eventual aumento do IVA e com a eventual tributação extraordinária do subsídio de Natal, Miguel Relvas declarou: «Devemos começar pelo lado da despesa. E, se for necessário mexer na receita, é fundamental que se assuma um princípio básico: todo o valor que for assumido do lado da receita terá de ter correspondência do lado da despesa, ou seja, 50 por 50.»

Os jornalistas insistiram em saber o que vai fazer o PSD, concretamente, perante um eventual aumento de impostos. «Face às circunstâncias a que chegámos, se for necessário, se as propostas concretas e quantificadas que nos forem apresentadas pelo Governo ¿ que ainda não foram ¿ demonstrarem que é também necessário mexer do lado da receita, o que nós dizemos é: valor igual tem de ser cortado do lado da despesa», respondeu.

Miguel Relvas assinalou que, para o PSD, o essencial é reduzir o défice «do lado da despesa». «Se é altura de pedir sacrifícios, os sacrifícios têm de valer a pena» e tem de haver «equidade e justiça nos sacrifícios que vão ser pedidos aos portugueses», defendeu.

Questionado sobre se está marcada alguma reunião entre o primeiro-ministro e o presidente do PSD, Miguel Relvas respondeu: «Não, ainda não temos sequer propostas concretas e quantificadas, portanto, como é que podem estar marcadas reuniões?»

Segundo a direcção social-democrata, «ao PSD compete, nesta primeira fase, aguardar por propostas concretas e quantificadas por parte do Governo» para redução do défice.

«Mas temos o trabalho de casa feito, sabemos o que queremos e para onde queremos ir», acrescentou Relvas.
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