Cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos no Mediterrâneo, depois de a traineira onde viajavam com destino a Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia no sábado à noite. O mais recente balanço oficial dava conta de 24 mortos e de 28 sobreviventes.
«O naufrágio agiganta cada vez mais aos nossos olhos a tragédia quotidiana de muitos milhares, os que se atrevem e os que ficam, os filhos da má sorte, os que as lideranças pela sua passividade tomam afinal como uma massa desumanizada sem merecimento de atenção», criticou Assunção Esteves.
A presidente da Assembleia da República regia assim, numa curta nota, ao naufrágio de sábado que provocou pelo menos 24 mortos e que motivou, depois de pedidos de vários líderes políticos (de Itália, principalmente) o agendamento de uma reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.
Só no ano passado, vários milhares de pessoas morreram a tentar chegar à Europa através do Mediterrâneo, naquela que as Nações Unidas descreveram como uma das rotas mais perigosas do mundo.
Cerca de 170.000 pessoas chegaram a Itália em 2014 depois de resgatadas pela marinha, guarda costeira ou navios mercantes.
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