CDS-PP pede «bom senso e consenso» - TVI

CDS-PP pede «bom senso e consenso»

Líder parlamentar centrista lembrou que faltam seis meses até ao final do programa de assistência financeira

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O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, defendeu hoje que, nos seis meses até ao final do programa de assistência financeira, é preciso «mais do que nunca bom senso e consenso».

«Nestes seis meses, mais do que nunca, a nosso ver, é preciso bom senso e consenso. Consenso com os parceiros sociais, consenso apesar da falta de senso, mesmo com aqueles que parecem não querer esse mesmo consenso», afirmou Nuno Magalhães.

O presidente da bancada centrista falava no debate quinzenal, que ficou marcado pelas afirmações mútuas de disponibilidade para as negociações da reforma do IRC feitas quer pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, quer pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, apesar de na quinta-feira não ter existido acordo.

«Para nós, consenso não é uma certa visão peculiar em que consenso se confunde com ultimato. Para nós, consenso é propor, contrapropor, ceder, fazer cedências, e chegar a um acordo», defendeu Nuno Magalhães, considerando que é isso que «os portugueses que estão a sofrer» esperam da maioria PSD/CDS-PP e do PS.

Nuno Magalhães falava durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República.

O líder parlamentar centrista referiu-se aos dados do desemprego divulgados hoje pelo Eurostat e pediu à oposição que não brinque «com coisas sérias», recusando os argumentos de que a emigração e a dinamização da procura interna provocada pela devolução de um dos subsídios, ditada pelo Tribunal Constitucional, sejam os fatores que determinaram a diminuição do número de pessoas sem trabalho.

«Quer a OCDE, quer o Eurostat publicaram relatórios em que são claros em que as ofertas de emprego aumentaram, a criação líquida de emprego em Portugal aconteceu», disse.

Sobre o efeito da decisão do Constitucional, questionou: «Os senhores acreditam mesmo nisso?».

«Houve um crescimento económico no segundo e no terceiro trimestre, antes do Tribunal Constitucional sequer decidir a devolução, e, muito antes da devolução ser efetivada. Acham que houve retroativamente crescimento económico com base na devolução desses subsídios?», interrogou.

Nuno Magalhães afirmou que o desemprego ainda não está em valores «aceitáveis», mas sublinhou que «está a descer, é um facto».

«Não vale a pena estarmos a tentar manipular esses mesmos factos. É caso para perguntar onde está a espiral recessiva, o desemprego galopante, o caminho para o abismo, de que há cinco meses, no debate do Estado da Nação, as oposições falavam?», questionou.
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