OE: «Não há negociação nenhuma», diz Paula Teixeira da Cruz

A vice-presidente do PSD Paula Teixeira da Cruz declarou esta terça-feira à chegada ao Conselho Nacional social-democrata que não há qualquer negociação sobre o Orçamento do Estado a decorrer com o PS. Já Aguiar Branco afirmou que espera que Teixeira dos Santos tenha o telemóvel ligado para o maior partido da oposição.

«Não há negociação nenhuma. Vamos ser claros. Não há nada sobre essa matéria. Aquilo que nós apresentamos é aquilo que entendemos que é o caderno de encargos necessários para minimizar», disse aos jornalistas, salientando que «a posição do PSD é claríssima. Este Governo apresentou um Orçamento, esse Orçamento conduz o país fatalmente à recessão».

A social-democrata disse também que este é o momento de pôr o interesse nacional acima dos interesses partidários. «Nós queremos que a população mais carenciada não tenha que pagar o leite ao preço da Coca-cola. No fundo é isto que o PSD neste momento está travar e a lutar. Esta é a nossa grande questão. Este Orçamento não é o nosso Orçamento, jamais seria o nosso Orçamento. Agora temos a obrigação perante o país de colocar o interesse nacional acima das tácticas políticas e das pequeninas lutas político-partidárias».

Por seu lado, Aguiar Branco disse à chegada ao Conselho Nacional que espera que haja disponibilidade por parte de Teixeira dos Santos para aceitar as propostas agora apresentadas pelo PSD.

«O ministro Teixeira dos santos disse que tinha o telemóvel ligado 24 horas por dia, se o ministro Teixeira do Santos for diferente do engenheiro Sócrates e por isso não se ficar pelo anúncio e depois verificar que a prática não corresponde ao anúncio eu acredito que a disponibilidade 24 horas tenha que existir para o maior partido da oposição, de modo a que o Orçamento de Estado não seja, como não deve ser, um contrato de adesão. Os portugueses exigem que o PSD tenha essa atitude cuidadosa. É preciso saber o que é que correu mal. É preciso saber porque saber porque chegamos a esta situação», disse.