Edite Estrela critica «conservadorismo» da UE - TVI

Edite Estrela critica «conservadorismo» da UE

Edite Estrela

Relatório da eurodeputada portuguesa que propõe aumento das licenças de maternidade e paternidade não foi aprovado

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ACTUALIZADA ÀS 18h36

A proposta da eurodeputada portuguesa Edite Estrela acerca do aumento das licenças de maternidade e paternidade foi adiada, esta quarta-feira, depois do Parlamento Europeu ter votado o reenvio do relatório para a comissão parlamentar dos Direitos da Mulher e Igualdade dos Géneros.

«Não faz sentido remeter para a comissão de novo este relatório, esta proposta, porque foi debatida com todos os grupos. Tem um apoio que eu presumo que seja maioritário no Parlamento Europeu», disse Edite Estrela após o pedido de reenvio.

A eurodeputada do PS defende que a duração mínima da licença de maternidade na UE seja aumentada das actuais 14 para as 20 semanas e propõe uma licença de paternidade vinculativa de pelo menos duas semanas.

«Nós sabemos que, lamentavelmente, o Conselho, sob a presidência checa, tem tido atitudes muito conservadoras no que diz respeito à promoção da igualdade de género. E por isso peço ao Parlamento Europeu que vote as propostas, que apoie o meu relatório, porque dará razões acrescidas aos cidadãos para irem votar nas eleições europeias», apelou.

Edite Estrela ficou surpreendida com o «volte-face» desta quarta-feira, afirmando, em comunicado enviado às redacções, que o adiamento da revisão da actual legislação comunitária «é muito negativo».



«O que aconteceu hoje no Parlamento Europeu revela o espírito conservador e arcaico da direita», acusou, pedindo uma maioria de esquerda nas próximas eleições europeias.

O relatório iria ser votado, esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, mas a eurodeputada luxemburguesa do Partido Popular Europeu (PPE), Astrid Lulling, propôs que este voltasse à comissão antes de nova votação, por considerar que «há 89 alterações totalmente contraditórias» neste relatório de Edite Estrela.

A proposta teve 347 votos a favor, 256 contra e 10 abstenções, sendo favorecida pela maioria de direita no plenário. Desta forma, a questão transita para os eurodeputados que forem eleitos a 7 de Junho.
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