CDS quer mais votos do que CDU e BE juntos - TVI

CDS quer mais votos do que CDU e BE juntos

Paulo Portas avisa que só desta forma pode haver uma maioria que promova uma «mudança a sério»

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ACTUALIZADA ÀS 23h30

O CDS tem uma nova ambição: ter mais votos do que CDU e Bloco de Esquerda juntos. Esta noite, em Famalicão, Paulo Portas pediu claramente para os dois partidos da direita terem uma maioria, porque só dessa forma poderá haver uma «mudança a sério».

«Para haver uma nova maioria de mudança a sério, é preciso que, pelo menos, o CDS tenha mais votos do que PCP e BE juntos. Se não tivermos, não haverá maioria e não haverá mudança», afirmou, perante uma sala cheia de apoiantes.

Portas brincou com as sondagens que dão cerca de 12 por cento das intenções de voto ao seu partido. «Meu caro Nuno [Melo], em 2009 nós tínhamos sondagens com os mesmos dois números, mas com uma vírgula no meio. E não nos deixámos desanimar por essas, nem iludir por estas», avisou.

O líder democrata-cristão está mesmo empenhado em ir buscar votos a todo o lado. Lembrou a «inconstância» do PS, o «excesso de liberalismo» do PSD e foi mais à esquerda: «O CDS foi capaz de ir falar com quem podia emprestar dinheiro ao país, ao contrário de quem preferiu ficar em casa». E nem os abstencionistas se safaram: «Muita gente que de outra forma não votaria tem agora uma opção de voto».

Já antes, também o cabeça-de-lista pelo distrito de Braga, Telmo Correia, tinha pedido o mesmo. «Além da desvantagem de José Sócrates, tem de haver uma segunda desvantagem: os comunistas do costume [PCP] e esses novos [Bloco] juntos têm de ter menos votos do que o CDS. Essa é a única garantia de que haverá uma maioria diferente», afirmou.

PSD: não se enganem no adversário...

Ainda há resquícios de um domingo de farpas entre PSD e CDS. Telmo Correia deixou mais um aviso aos sociais-democratas: «Não se enganem no adversário, não somos nós. Estão a tratar um possível aliado como um inimigo e Sócrates diverte-se».

Também o eurodeputado Nuno Melo, a jogar em casa em Famalicão, reforçou que o «adversário» do CDS é «este Governo e este primeiro-ministro, não é o PSD e Passos Coelho». «Seria muito bom que o PSD também não se enganasse no seu adversário», acrescentou.

Nuno Melo explicou que «quando o CDS cresce, não é uma disputa com o PSD». «É uma disputa entre CDS e PS que está em causa».

No entanto, mesmo com um Governo de coligação de direita no horizonte, o eurodeputado disse pretender «acabar com a alternância laranja-rosa, rosa-laranja».

«Se conseguirmos que Paulo Portas vá decidir o rumo de Portugal, que grande diferença teremos [no Governo]», concluiu.
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