Portas quer governar «em tempo de crescimento económico» - TVI

Portas quer governar «em tempo de crescimento económico»

Paulo Portas [Foto: Lusa]

Vice-primeiro-ministro diz que o CDS foi chamado para o Governo numa situação «de emergência», tendo a ambição de, agora, colher «os frutos» do «crescimento» económico

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Paulo Portas disse sexta-feira à noite, em Coimbra, que o CDS-PP tem a ambição de governar em tempo de crescimento económico, depois de ter sido chamado a ajudar a «arrumar» as contas e a evitar ruturas no país.

O líder dos democratas-cristãos, que falava num jantar comício dos 40 anos do partido, lembrou que o CDS-PP é «chamado sempre em situações de emergência», numa referência implícita à participação na coligação com o PSD que governa Portugal desde 2011.

«Contribuímos com sentido de missão para evitar situações gravíssimas no país. É normal que tenhamos a ambição de, com apoio popular, poder governar em tempo de crescimento económico e, portanto, de distribuição dos frutos desse crescimento», disse o dirigente perante várias dezenas de militantes e simpatizantes.

O presidente do CDS-PP aproveitou a sua intervenção, de cerca de 50 minutos, para falar do «Portugal que funciona, que está a crescer e a ter resultados» no crescimento económico, na confiança dos credores, na criação de emprego e no aumento das exportações.

Paulo Portas, que ocupa o cargo de vice-primeiro ministro no Governo, salientou que 2014 foi o melhor ano de sempre nas exportações, o desemprego caiu dos 17,7% para os 13,3% nos últimos dois anos e os juros da dívida que chegaram aos 10% e hoje são negociados abaixo dos 02%.

«As empresas exportadoras aguentaram a economia portuguesa quando ela estava muito negra e foram muitas vezes a única luz ao fundo do túnel», disse Paulo Portas, que num discurso centrado em dados económicos destacou também o aumento do setor do turismo e o seu contributo na melhoria económica do país.

O líder democrata-cristão frisou ainda a aposta na agricultura contra aqueles que julgavam que o setor «era uma relíquia do passado», salientando que Portugal terminou o ano de 2014 com uma execução de 96% do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), «10% acima da média europeia».

«Quer dizer que o dinheiro para os agricultores e para o investimento no campo não ficou no ministério das Finanças nem foi devolvido a Bruxelas. Chegou aos agricultores e aumentou o investimento no mundo rural, onde estamos a criar riqueza e a exportar», sublinhou Paulo Portas.

O dirigente partidário destacou que Portugal passou do país «que pior usava os fundos comunitários da agricultura para o país que, neste momento, mais eficácia mostra no uso desses fundos comunitários».
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