«PS e PSD esqueram pensões e abono de família », acusa Portas - TVI

«PS e PSD esqueram pensões e abono de família », acusa Portas

Paulo Portas [Arquivo]

Educação também foi um dos temas abordados no discurso desta sexta-feira pelo líder do CDS

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O líder do CDS/PP, Paulo Portas acusou os partidos socialista e social-democrata de «não terem querido, na negociação do Orçamento de Estado, ocupar-se dos reformados e do abono de família da classe média baixa em Portugal».

«Nós, CDS, não deixaríamos tocar nestas duas fronteiras e é essa a nossa diferença em matéria social», afirmou, sublinhando que para além da questão do crescimento e do endividamento há outra matéria vital para os democratas cristãos, a questão social

O dirigente partidário falava na sexta-feira à noite durante um jantar de militantes do distrito que, segundo a organização, juntou 800 pessoas, ente eles, o eurodeputado Nuno Melo e do parlamentar Telmo Correia.

«Que fique absolutamente claro que sabemos que é preciso reduzir a despesa, e queremos um orçamento equilibrado mas sabemos também que há que cortar nas despesas supérfluas para não se cortar no abono de família e nas pensões», declarou, sustentando que «essa é uma grande diferença entre o CDS e os partidos que negociaram o Orçamento», neste caso, PS e PDS.

Depois de evocar a memória do fundador do CDS Adelino Amaro da Costa, morto há 30 anos no desastre de Camarate, Portas acusou o PS de ter «mentido aos portugueses» na campanha eleitoral, quando disse que o défice estava controlado e o endividamento não era problema.

O líder do CDS referiu ainda que, em 2005 o país devia 82 mil milhões de euros ao estrangeiro, verba que atinge já os 150 mil milhões.

«Em 2011 só para juros pagaremos 40 mil milhões, ou seja, três quartos do que os portugueses pagam em IRS», lamentou.

Portas ironizou as sucessivas apresentações pelo Governo do Programa de Estabilidade e Crescimento, dizendo que para os socialistas «o PEC é sempre positivo para além do próximo», classificando ainda de «escandaloso» que gestores públicos ganhem mais do que o presidente dos Estados Unidos. O líder partidário referiu ainda que não se pode pedir sacrifícios aos portugueses e depois, isentar as empresas públicas da austeridade.

A educação foi outro dos temas abordados, tendo-se referido ao programa Novas Oportunidades como «novas facilidades», uma vez que, no seu parecer, as pessoas que o frequentam acabam por acesso mais fácil à universidade, com apenas um exame, do que os alunos do ensino secundário que são «obrigados a fazer quatro».

Paulo Portas criticou ainda os cortes de 30 por cento no ensino particular e cooperativo, garantindo que o CDS «defenderá a liberdade de escolha das famílias» e os contratos de associação entre o Estado e as instituições privadas, apresentando «um projecto lei que crie um regime jurídico estável e coerente».

Por fim, considerou «inacreditável que se ataquem as instituições de solidariedade social, as misericórdias e as paróquias», e criticou a política de «fácil atribuição» do Rendimento Social de Inserção, defendendo que é preciso «apoiar quem trabalha», em vez de aumentar os impostos e as contribuições das Pequenas e Médias Empresas.
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