«O país precisa de um governo de esquerda» - TVI

«O país precisa de um governo de esquerda»

Carlos Carvalhas

Ideia é defendida pelo ex-secretário-geral do PCP Carlos Carvalhas

O ex-secretário-geral do PCP Carlos Carvalhas disse este sábado que Portugal está condenado à estagnação caso não mude de Governo e defendeu um executivo e uma política de esquerda com a contribuição dos comunistas.

«Com esta política Portugal está condenado à estagnação, qualquer taxa de crescimento que se venha a verificar no futuro será tão limitada que não se repercutirá no aumento do emprego nem dá para pagar a divida», avisou Carlos Carvalhas, numa intervenção no XIX Congresso do PCP, escreve a Lusa.

O ex-líder comunista sustentou que «tirar de lá o PSD e o CDS para meter o PS» é o «rotativismo» que tem existido ao longo dos anos e é «o que os grandes senhores do dinheiro e banqueiros desejam».

«O país precisa de romper com este rotativismo, precisa de um governo de esquerda, com uma nova política, assente no crescimento económico, que para ter êxito necessita da intervenção empenhada e criativa dos trabalhadores e das suas organizações de classe e deste grande partido, patriótico, internacionalista, o Partido Comunista Português», disse, suscitando os aplausos dos congressistas.

Na parte inicial da sua intervenção, sobre os «chamados mercados», Carvalhas frisou que «são sempre mencionados de forma divina» mas «esses ditos mercados tem bilhete de identidade e são bancos, companhias de seguro e fundos especulativos em que assenta a economia de casino».

Carlos Carvalhas sustentou que o Governo PSD/CDS-PP não conseguirão promover o crescimento económico necessário que permita pagar a dívida, acusando o executivo de mergulhar o país «numa dívida perpétua».

Retomando a ideia central da proposta de Resolução Política que, a renegociação da dívida nos seus prazos, montantes e juros, Carlos Carvalhas referiu que as novas regras de que beneficiará a Grécia paga pagar o empréstimo provam que «afinal, a renegociação dos juros, de parte da dívida, era uma inevitabilidade».

Mesmo que Portugal beneficie do acordo relativo à Grécia, disse, «a dívida continua a ser insustentável» e as «taxas de juro podem e devem levar um corte ainda maior».
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