Seguro assume que quer governar - TVI

Seguro assume que quer governar

Líder socialista considera que «Governo incompetente» tem de ser substituído por um Executivo «capaz»

O secretário-geral socialista assumiu, durante o debate da moção de censura ao Governo, que quer governar, acreditando que, mesmo com a esperada rejeição da maioria, «nada ficará como dantes» a partir desta quarta-feira. Em carta enviada hoje à troika, Seguro expressou mesmo o seu desejo de eleições antecipadas.

« O PS assume, com clareza, a responsabilidade política de querer liderar o novo Governo (...) A maioria parlamentar vai querer manter o Governo em coma, mas depois desta moção nada ficará como dantes», disse, referindo-se a uma «primavera política a despontar».

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António José Seguro acusou Passos Coelho de «destruir» o país pelo que considera que «só há uma saída possível»: «A substituição do Governo incompetente por um Governo capaz».

Apontando os «fracassos» dos resultados da política do Governo e acusando-o de «falta de preparação e de credibilidade», o líder socialista sublinhou que «permitir que este Governo permaneça em funções por mais dois anos seria um pesadelo brutal». «Livrar os portugueses deste Governo tornou-se num imperativo nacional», acrescentou, frisando mesmo o «dever patriótico» de afastar este Executivo.

Para o secretário-geral do PS, «fracasso é a imagem de marca deste Governo». «Fracasso total, pois não acertou uma única meta, nem acertou um único resultado. Exigir pesados sacrifícios aos portugueses nunca foi problema para este Governo, mas na hora de mostrar resultados o Governo refugiou-se em desculpas, alienou responsabilidades e escondeu-se atrás da crise internacional que antes tinha renegado e agora lhe dá jeito invocar», criticou.

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Segundo António José Seguro, o PS não só não quer «ser cúmplice» da «destruição» do país, mas também «oferece uma solução para a crise política» com esta moção de censura.

«Desde sempre apresentámos uma via alternativa, assente no crescimento económico e com rigor orçamental (...) Hoje há um vasto consenso nacional em torno do caminho alternativo que propomos», disse, defendendo a «renegociação profunda do programa de ajustamento».

«Sem esta renegociação, é irrealista pensarmos em cumprir as metas e os prazos estabelecidos. Para além de razões de natureza ideológica, trata-se de uma questão de óbvio bom senso», sustentou.

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Seguro prometeu que, se o PS fosse agora Governo, parava «a política de austeridade e de cortes de quatro mil milhões de euros na educação, na saúde e na segurança social».

«Um Governo liderado pelo PS estabilizará a economia, através da redução do IVA da restauração para 13 por cento, do aumento do salário mínimo e das pensões mais baixas, a par da estabilização do quadro fiscal no âmbito da concertação social», enumerou.

O líder socialista prometeu ainda políticas para a promoção da captação do investimento direto estrangeiro, fomento das exportações e o lançamento de um programa de substituição das importações por aumento da produção nacional.
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