Uma das grandes bandeiras políticas de André Ventura, e do partido que fundou, passa pela redução do número de deputados na Assembleia da República, bem como um corte no vencimento dos mesmos.
No frente a frente com João Ferreira, na TVI24, Ventura disse que esse cenário seria favorável, porque demonstraria "que somos um sistema político mais eficaz e mais pequeno".
Não precisamos de 230 deputados para absolutamente nada", reforçou.
O candidato presidencial alegou que uma larga maioria portugueses não conhece grande parte dos deputados que os representam no Parlamento e que muito deles, no espaço de quatro anos, fizeram apenas uma intervenção parlamentar.
O ideal, na ótica do presidente do Chega, seria 100 deputados, com uma redução salarial de cerca de 12%.
A questão não é ganhar mais ou menos. O Chega propôs a redução do vencimentos dos deputados, do Presidente da República e do primeiro-ministro e o PCP votou contra".
O contra-ataque de João Ferreira são "os três salários" de Ventura
O PCP sempre se colocou contra esta proposta do Chega e chegou mesmo a votar contra um referendo sobre a redução do número de deputados no Parlamento.
Para João Ferreira, esta visão e o próprio Ventura servem para "defender os interesses dos grandes grupos económicos" e contra-atacou com os três salários do deputado do Chega.
O André Ventura também defendeu o regime de exclusividade e jurou que, quando fosse eleito deputado, iria cumprir com esse regime de exclusividade e manteve três salários. O salário da consultora que ajudava aquela gente que quer pôr o dinheiro ao fresco em paraísos fiscais e não pagar impostos e o salário de comentador televisivo".
O candidato apoiado pelo PCP acusou ainda o deputado do Chega de apresentar um programa político que "desrespeita aspetos essenciais da Constituição".
O debate entre André Ventura e João Ferreira ficou marcado pelos vários momentos de tensão, mas também pelas sucessivas interrupções, sobretudo por parte do presidente do Chega.