Dívida de Passos: Cavaco insiste que é questão «político-partidária» - TVI

Dívida de Passos: Cavaco insiste que é questão «político-partidária»

Cavaco Silva [Foto: Lusa]

Presidente da República diz que a pobreza e o desemprego são as verdadeiras preocupações do país, desviando-se, novamente, da polémica sobre a dívida de Passos Coelho à Segurança Social

Relacionados
O Presidente da República afirmou esta quarta-feira  que os partidos devem unir-se no combate ao desemprego e à pobreza ao ser confrontado com as críticas do PS à forma como reagiu sobre a dívida à Segurança Social do primeiro-ministro.

«Eu convido os partidos políticos a unirem-se e a trabalharem para o combate ao desemprego, este é o principal problema do país. Não há nenhum que ultrapasse este grave problema que nós temos, que é o desemprego», declarou Aníbal Cavaco Silva, em Alqueidão, Ourém, no distrito de Santarém, no final de uma jornada de trabalho dedicada à floresta.

O chefe de Estado insistiu na necessidade dos partidos se empenharem «no combate à pobreza, na defesa da competitividade da economia, porque esse é um grande desígnio nacional».

No sábado, o presidente da República escusou-se a comentar a dívida do primeiro-ministro à Segurança Social, alegando que «um presidente de bom senso deve deixar aos partidos as suas controvérsias político-partidárias que já cheiram a campanha eleitoral», declarações que suscitaram críticas de diversos partidos da oposição.

Nesse dia, em declarações à SIC, o secretário-geral do PS, António Costa, considerou «infelizes» as declarações do Presidente da República ao «desviar para a oposição as responsabilidades exclusivas» de Pedro Passos Coelho no caso da dívida à Segurança Social.

Questionado como viu as críticas dos partidos, Cavaco Silva salientou que «um presidente da República nunca comenta declarações que os partidos fazem nas suas polémicas de natureza político-partidária».

«Já tive ocasião de dizer que nem agora, nem no futuro, irei interferir na vida político-partidária», disse o Presidente da República ao ser questionado se o primeiro-ministro deve um pedido de desculpas aos portugueses ou se as suas condições políticas à frente do Governo estão fragilizadas.

«Houve um chefe de Estado que no passado foi acusado de ter interferido na vida política de um partido e o seu líder demitiu-se, acusando esse chefe de Estado. Comigo isso nunca acontecerá», assegurou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados