PSP travou visita de Cavaco à António Arroio - TVI

PSP travou visita de Cavaco à António Arroio

Chapéus há muitos

Quando a comitiva presidencial já estaria muito perto da escola, a polícia aconselhou o regresso a Belém por temer agressão ao Presidente

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A visita do Presidente da República à escola António Arroio, em Lisboa, foi travada pela própria polícia, que temeu uma agressão a Cavaco Silva e aconselhou a comitiva presidencial a regressar a Belém. A notícia é avançada, este sábado, pelo jornal «Expresso», que cita «fontes distintas».

De acordo com o jornal, quatro agentes do Corpo de Segurança Pessoal da PSP chegaram à escola minutos antes da hora prevista, a 16 de Fevereiro. Os agentes depararam-se com um cenário de protesto de centenas de estudantes que se concentravam à porta da escola, contra os cortes na educação, o aumento dos passes sociais e a falta de refeitório.

Fonte policial adiantou ao «Expresso» que um dos agentes «avisou o coordenador da segurança no terreno e disse-lhe que havia a hipótese do Presidente ser agredido mal saísse do carro, porque não havia tempo de preparar um esquema de segurança». O subcomissário concordou então que «não estavam reunidas as condições mínimas para fazer a visita». A informação foi transmitida ao ajudante de campo do Presidente e «foi tomada a decisão de voltar atrás e cancelar a visita».

Ainda de acordo com o jornal, a «decisão final foi política, isto é, o Presidente tem a última palavra e podia decidir ir adiante com a iniciativa».

Na sexta-feira, questionado pelos jornalistas sobre o assunto, Cavaco Silva voltou a insistir na justificação «impedimento», que o impossibilitou de fazer a visita. «Tive o cuidado de informar a direção da escola que um impedimento de última hora me impediu de concretizar a visita», disse, durante uma visita a empresas de Oliveira de Azeméis e São João da Madeira.
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