Narciso Miranda quer provar a sua «inocência»

O ex-presidente da Câmara de Matosinhos Narciso Miranda exigiu esta quinta-feira uma clarificação urgente da investigação em que é um dos visados, declarou-se «totalmente disponível» para provar a sua «inocência» e sugeriu que se está a misturar política com justiça, escreve a Lusa.

«Estou totalmente disponível para colaborar com as autoridades competentes para que se prove, no menor período de tempo possível, a minha total inocência», sublinha Narciso Miranda, em comunicado.

Na terça-feira a Polícia Judiciária (PJ) efectuou buscas simultâneas à Câmara Municipal da Trofa, assim como fez buscas domiciliárias às residências da respectiva presidente, Joana Lima, e de Narciso Miranda, vereador independente da Câmara Municipal de Matosinhos.

Afirmando «veementemente» que os factos de que é acusado são «falsos», Narciso Miranda diz que a disponibilidade para colaborar com a justiça pretende contribuir «para que termine este julgamento em praça pública e em alguns órgãos de comunicação social», que classifica de «perverso, surpreendente e profundamente injusto».

Narciso Miranda não explica que factos estão em causa e as autoridades judiciárias também não revelaram até agora os motivos desta investigação.

No comunicado, o autarca diz ainda que sempre defendeu que «à justiça cabe o que é da justiça e à política o que é da política», pelo que «as duas áreas não devem ser confundidas nem misturadas».

Fonte da PJ disse à Agência Lusa que, ao mesmo tempo que decorriam as buscas em casa de Joana Lima e na de Narciso Miranda, também estavam a ser feitas buscas aos escritórios de António Salvador, presidente do Sporting Clube de Braga, no âmbito da mesma investigação.

Já hoje, o Sporting de Braga revelou que a Polícia Judiciária realizou uma busca às suas instalações para obter uma lista de convidados para alguns jogos de futebol, mas negou qualquer implicação do clube na investigação em causa.

Por sua vez, o advogado de António Salvador garantiu que o seu cliente «nunca foi incomodado» pela Polícia Judiciária mas afirmou não saber se «está ou não a ser investigado».

Em declarações à Lusa, o advogado Artur Marques garantiu

que o presidente do Braga «nunca foi incomodado pela Polícia Judiciária».