Seguro: «Passos tem de dar o exemplo na Madeira»

O secretário-geral do PS considera que o primeiro-ministro «tem na Madeira a oportunidade de dar o exemplo» em relação ao défice nas contas públicas desta região e o consequente pedido de ajuda financeira.

«Exigimos ao Governo que nos diga, antes das eleições regionais, quais as contrapartidas a que a Madeira se vai obrigar para dispor de um programa de assistência financeira», afirmou, no congresso do partido que decorre em Braga.

António José Seguro exige um «fortíssimo corte nas gorduras, mordomias e despesismo do Governo Regional e do sector empresarial, sem esquecer os consumos intermédios».

E pretende ainda que seja «introduzida uma cláusula democrática que obrigue os órgãos próprios da região a respeitarem as recomendações do Tribunal de Contas e a reconhecerem os direitos fundamentais dos deputados e dos partidos da oposição».

Seguro lamentou que seja «difícil ser socialista na Madeira». «É inaceitável a forma como se faz política na Madeira. Há longos anos que há um défice democrático, com que poucos se incomodam», apontou.

Para o secretário-geral socialista, Alberto João Jardim «não presta contas». «As oposições não podem exercer todos os seus direitos. Uma vergonha para um país democrático, onde a vontade de uma pessoa está acima da lei e das instituições», reforçou.

Por isso, considera que «basta de cumplicidades e de silêncios». «O PSD levou a Madeira à falência, gaba-se disso e envia a factura para que sejamos todos a pagar», criticou.

Seguro não aceita «que se passe com uma esponja» esta situação e exige que se apurem as responsabilidades da dívida madeirense.