«Eu se fosse presidente do grupo parlamentar demitia-me» - TVI

«Eu se fosse presidente do grupo parlamentar demitia-me»

Marco António Costa (PSD)

Líder do PSD/Porto diz que ausência de 30 deputados laranjas no Parlamento «revela falta de autoridade» de Paulo Rangel

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O líder do PSD/Porto, Marco António Costa, afirmou na sexta-feira que se fosse líder parlamentar do Partido pediria imediatamente a demissão, devido à ausência de 30 deputados na votação da suspensão do modelo de avaliação de professores, refere a Lusa.

O presidente da Comissão Política Distrital do Porto, que falava em Paredes, pediu implicitamente a demissão de Paulo Rangel.

«Julgo que 30 ausências [em 75 deputados do PSD] revela falta de autoridade da direcção do grupo parlamentar», afirmou.

«Eu se fosse presidente do grupo parlamentar demitia-me. Acho que a dignidade política me levaria a apresentar imediatamente a minha demissão», disse o dirigente do PSD/Porto, antigo vice-presidente da bancada social-democrata.

«Já fui membro da direcção no grupo parlamentar, tive responsabilidades a esse nível e não me recordo de ter havido nenhuma votação que tenha falhado ao PSD por falta dos seus deputados».

Marco António Costa, que esteve num jantar em Paredes a apoiar a candidatura do presidente da Câmara, Celso Ferreira, iliba a líder do partido de responsabilidade pela falta dos deputados social-democratas, considerando que é um assunto que vincula apenas Paulo Rangel.

«Quem defendeu há poucos dias a demissão do dr. Dias Loureiro do Conselho de Estado tem de ser consequente nas suas acções», considerou o dirigente social-democrata.

«Acho que o dr. Paulo Rangel, por quem tenho até consideração pessoal e política e que é um homem digno, não deixará de retirar as suas ilações políticas deste gesto, a não ser que queira responsabilizar a líder do partido por esta situação», afirmou.

Segundo Marco António Costa «aqueles que combateram a política do PS, nomeadamente aquelas pessoas que apoiaram a luta dos professores, sentem-se hoje defraudados com o que se passou na Assembleia da República».

O líder do PSD/Porto classifica a situação vivida sexta-feira «de grande embaraço no plano político-partidário».

«É um sinal muito grave que é dado ao País, relativamente ao prestígio que o PSD tem de ter perante dos portugueses», concluiu Marco António Costa.
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