Imigração ilegal e crise económica - TVI

Imigração ilegal e crise económica

As ideias dos candidatos do PSD e a receita para relançar a economia portuguesa

O que pensam os candidatos sobre a imigração ilegal e a crise económica que afecta o país.

Imigração ilegal

Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes concordam que o Estado deve decidir «caso a caso» o destino dos imigrantes ilegais que já se encontram no país. Já Passos Coelho defende «a legalização dos imigrantes ilegais com uma situação tendencialmente estável e integrados na sociedade portuguesa».

Na resposta à pergunta da agência Lusa - «o que deve acontecer aos imigrantes ilegais que já estão em Portugal: repatriamento ou legalização» -, Ferreira Leite foi concisa, afirmando que «depende da situação de cada um».

Santana Lopes começou por referir que na imigração ilegal «cada caso tem um rosto, uma história de vida, por vezes, dramática que o Estado português não deve ignorar. Defendo a integração social das pessoas que procuram Portugal para aqui trabalharem. Penso que não devem ser iludidas sobre as condições exigentes de entrada no nosso país. Antes devem cumpri-las para poderem exigir os seus direitos».

«Há, por isso, que legalizar os processos caso a caso, de acordo com os interesses nacionais e os princípios humanistas que nos caracterizam», concluiu o ex-primeiro-ministro, sublinhando que Portugal tem «um grave problema de natalidade» e que as comunidades imigrantes têm dado um «enorme contributo» para o desenvolvimento dos países.

«Temos de ser inflexíveis para os que não respeitam as nossas leis», considerou, por sua vez, Pedro Passos Coelho, embora assinalando que os imigrantes ilegais são «pessoas absolutamente desprotegidas» e que os portugueses conhecem bem as suas circunstâncias. «Defendo a legalização dos imigrantes ilegais com uma situação tendencialmente estável e integrados na sociedade portuguesa e proponho-me a desenvolver todos os esforços para combater a imigração ilegal e a segurança nas nossas fronteiras».

Crise económica

A crise económica e as dificuldades sentidas pelas empresas portuguesas não são esquecidas pelos três candidatos à presidência do PSD. Passos Coelho pede ao Estado que «deixe de ser caloteiro» e, para evitar mais falências e desemprego, pague a dívida de três mil milhões de euros que tem a fornecedoras, equivalente a 1,5 por cento do PIB, exactamente o que o Governo diz que a economia portuguesa vai crescer este ano.

«E não venham dizer que as coisas estão a correr mal por causa da crise internacional. Porque é que os nossos parceiros, para quem exportamos, estão a crescer menos do que aquilo que pensavam, mas a crescer mais do que nós?».

Santana, por seu turno, pediu ao Governo um plano de estímulo à economia: «Há uma situação grave no mundo. Temos de parar de sorrir, de ignorar, de fazer de conta que a crise não existe. É preciso agir». O líder parlamentar considera que a política fiscal deve ser encarada «como um estímulo à actividade económico e não como um mero instrumento de política orçamental»: é a «política anticíclica - quando as economias estão em crise, como aconteceu agora em Espanha, é criado um programa de impulso à actividade económica».

Para o candidato, esta política fiscal «está a enriquecer o orçamento do senhor Zapatero», dado o número de portugueses a deslocarem-se a Espanha em busca de preços mais baixos.

Laranja Espremida

Manuela Ferreira Leite

Pedro Passos Coelho

Pedro Santana Lopes
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