«Para onde estão a ir os milhões?» - TVI

«Para onde estão a ir os milhões?»

Manuela Ferreira Leite

Ferreira Leite questiona fim dado às verbas para combater crise. E Rangel desvenda o «fetiche» de Sócrates

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Mesmo com duas horas de atraso, o pavilhão municipal de Barcelos teimou em encher. O comício do PSD, o primeiro desta campanha às eleições europeias, contava com mais militantes e mais festa, e nem os apelos do speaker serviram para conseguir casa-cheia; foi preciso pedir à JSD que se afastasse «um pouco do palco» para apertar o espaço, e encher o ringue.

A festa contou com a presença da líder social-democrata, que, também pela primeira vez, deixou um toque a legislativas. Aproveitando o momento, Ferreira Leite foi clara e concisa: «Este entusiasmo fez-me renascer no que vai ser a nossa próxima luta e se inicia no dia 7 de Junho».

«Para onde está a ir ao dinheiro?»

Sem mencionar Vital Moreira, apontou baterias ao Governo e questionou o destino dado aos «milhões» em ajudas no combate à crise. «Para onde está a ir ao dinheiro? Para onde estão a ir essas ajudas? Com tantos milhões como é que não se sentem efeitos?»

A líder do PSD só tem duas explicações para tal enigma: «Ou esses anúncios [do Governo] são apenas anúncios; ou... estão a ir para onde? E ajudam quem?»

«O Governo tem de ser transparente; tem de dizer para onde vão os fundos, quando o desemprego está aumentar de forma preocupante», aconselhou Ferreira Leite, que, voltando ao tema do identificador da matrícula - o «chip» que irá permitir que «qualquer condutor seja localizado a qualquer momento» -, promete ao pavilhão de Barcelos «uma luta sem tréguas contra esta medida inaceitável em democracia».

Conheça o «fetiche» de Sócrates

Antes foi Paulo Rangel quem usou o palanque para desvendar o «fetiche» de José Sócrates e da ministra da Educação, ou não tivesse sido a tarde deste sábado marcada por mais uma manifestação de professores em Lisboa.

O candidato do PSD para as eleições europeias não tem dúvidas sobre a forma como «a ministra e o Governo destruíram a escola».

«Sem medo de etiquetas - de que estamos ao lado ou contra os sindicatos» - Rangel quis frisar que o PSD está «a favor da escola, ao lado dos professores e dos alunos».

E além de criticar a «propaganda de uma escola que dá certificados sem que os alunos tenham aprendido nada», o cabeça-de-lista social-democrata revelou à plateia que a avaliação - que opõe professores e o Governo - é o «fetiche da ministra da Educação e de José Sócrates».

Voltando ao tema das IPSS, com que preencheu as intervenções da manhã, Rangel acusou o PS de «só falar de futilidades» nesta campanha. «Alguém ouviu o PS falar das vítimas da crise?»

Campanha do PSD entre romanos e odaliscas (fotos e vídeos)

O candidato revisitou ainda outros temas aos quais tem dado destaque, subindo um degrau na crítica à «crispação social» levada a cabo pelo PS. «O PS é o partido da vingança social».

Este domingo, a comitiva «laranja» deixa Barcelos e ruma até Nisa, percorrendo o alto Alentejo, quando a campanha entra já na última semana na estrada, antes das eleições europeias.
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