Marques Mendes: «Constituição precisa sempre de melhoramentos» - TVI

Marques Mendes: «Constituição precisa sempre de melhoramentos»

Marques Mendes

Ex-presidente do PSD recusa, no entanto, apresentar propostas

Relacionados
O antigo presidente do PSD Marques Mendes considera que a «Constituição precisa sempre de melhoramentos e de aperfeiçoamentos» e, por isso, «é natural que os partidos apresentem iniciativas nesse sentido».

«Também acho natural que o PSD, que sempre liderou as revisões constitucionais, durante anos, também lidere a agenda política desta vez» e esta atitude «parece-me uma boa vantagem», acrescentou.

Marques Mendes falava aos jornalistas, na noite de sexta-feira, num hotel das Termas da Cúria (Anadia), onde se deslocou para participar num debate, subordinado ao tema «estará a democracia em risco?», promovido pela Comissão Política da Secção do PSD de Anadia.

O antigo líder social-democrata escusou-se, no entanto, a adiantar aspectos em relação aos quais a Constituição deve, na sua perspectiva, ser revista.

« Não estou na vida política activa e, portanto, não vou fazer propostas, nem nessa matéria, nem em qualquer outra» e «tenho neste momento outras preocupações», justificou.

Marques Mendes considerou ainda que o Governo foi «completamente desrespeitado» pela assembleia-geral da EDP, ao não conseguir fazer com que esta empresa reduza as remunerações do seu gestor.

«Isto é um escândalo. O gestor da eléctrica portuguesa ganha o dobro do que ganham os seus homólogos francês ou espanhol», apesar destes países terem «um nível de desenvolvimento superior ao de Portugal».

Os gestores de «empresas qualificadas e difíceis têm de ser bem pagos», admitiu Marques Mendes, mas, sustentou, «há diferenças entre empresas tipicamente privadas e públicas ou participadas pelo Estado, que têm uma lógica de serviço público e quem não quiser ser seu gestor não aceita».

O Governo «tentou diminuir aquelas verbas exorbitantes» na assembleia-geral da EDP e «foi completamente desrespeitado». A partir de agora, sublinhou Marques Mendes, « é o escândalo de um Governo que não se dá ao respeito, já não tem força, não tem poder nem autoridade para impor as suas decisões».

É a «autoridade do Estado, do Governo e do primeiro-ministro pelas ruas da amargura», afirmou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados