O presidente do PSD, Rui Rio, pediu esta segunda-feira ao Governo para “impor um confinamento a sério”, defendendo que o executivo “não existe para ser popular”.
Em duas publicações na rede social Twitter, Rio endureceu o discurso em relação ao combate à pandemia de covid-19, no dia em que Portugal atingiu um novo recorde de mortos.
Um Governo não existe para ser popular, existe para fazer o que se impõe que seja feito, principalmente em cenário tão dramático”, escreveu o líder social-democrata.
Rui Rio defendeu que, para tal, o Governo terá de “assumir os erros, esquecer o ‘marketing’ partidário e impor um confinamento a sério, em nome do interesse nacional”.
O PSD nunca negou a sua cooperação, nem se aproveitou da situação para tirar dividendos partidários. É isso que vamos continuar a fazer. Assim o Governo faça, também ele, o seu papel e Portugal mais uma vez vencerá”, apelou.
O PSD foi o único partido que votou sempre ao lado do PS a favor de todas as declarações e renovações do estado de emergência em Portugal.
Portugal contabilizou 167 mortes, um novo máximo de óbitos em 24 horas relacionados com a covid-19, e 6.702 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS revela também que foram ultrapassados os cinco mil internamentos hospitalares por covid-19, estando 5.165 pessoas internadas, mais 276 do que no domingo, das quais 664 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 17.
O Conselho de Ministros aprovou, no dia 13, novas medidas para controlar a pandemia de covid-19, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário, que entraram em vigor às 00:00 de sexta-feira passada.
Entre as medidas, estão restrições à circulação da população, obrigatoriedade do teletrabalho e encerramento do comércio, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
As escolas permanecem abertas em todos os níveis de ensino, mas os centros de apoio ao estudo encerraram.