Sócrates, «o homem da Regisconta» - TVI

Sócrates, «o homem da Regisconta»

  • Portugal Diário
  • 11 dez 2007, 16:45

Santana aconselha primeiro-ministro a não querer ser «uma máquina»

O líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, atacou hoje a política de educação «laxista» do Governo socialista e aconselhou o primeiro-ministro a não querer ser «como o homem da Regisconta» - «uma máquina».

«O senhor primeiro-ministro não pode querer ser o homem da Regisconta, que é uma máquina. A Regisconta até faliu...», afirmou o deputado, que foi confrontado por José Sócrates com posições diferentes de dirigentes do PSD, incluindo o líder, Luís Filipe Menezes, e do próprio Santana Lopes, quanto ao regime de gestão da escola.

No último debate mensal do ano no Parlamento, o líder parlamentar social-democrata deu como exemplo o programa de formação «Novas Oportunidades» por ser possível, a alguém com mais de 18 anos, «obter em três meses» um grau escolar - o 9.º ano por exemplo - que «os filhos dos portugueses só conseguem em três anos».

«Facilitismo», acusa Santana

«Que sinais são os que estamos a dar aos nossos jovens? É o facilitismo», acusou Santana.

O primeiro-ministro confrontou - uma vez mais nestes debates mensais - a bancada do PSD com as várias posições dos dirigentes do partido sobre as propostas quanto ao regime de gestão da escola.

José Sócrates leu o artigo 19.º de um projecto de lei social-democrata que prevê a escolha do director da escola por «concurso público» - e não através de um órgão da escola como propõe o Governo -, proposta que mereceu de Luís Filipe Menezes o rótulo de «absurda».

«Queremos saber qual é a posição do PSD. O projecto do PSD de Marques Mendes? Ou é a posição do líder?», questionou Sócrates.

Santana Lopes desvalorizou a questão, afirmando que «a diferença não é vital» entre os projectos do PSD e o anunciado pelo executivo, e apelou a Sócrates a não falar tanto do passado e discutir «o Portugal de hoje».

O PSD distribuiu uma cópia do projecto de lei sobre a gestão da escola para contrariar a ideia, repetida por José Sócrates, que o director da escola ser escolhido por «concurso público». No artigo 19.º do projecto social-democrata prevê que «a selecção do director da escola efectua-se mediante concurso».
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