Anadia: «A senhora ministra está no caminho certo»

O presidente da Câmara de Anadia, Litério Marques, congratulou-se este domingo com as declarações da ministra da Saúde, Ana Jorge, que admitiu alargar até às 24 horas o atendimento às doenças agudas e às não programadas no hospital da localidade, refere a Lusa.

«Agradam-me as declarações», disse o autarca, adiantando: «Parece que a senhora ministra está no caminho certo».

Litério Marques disse que as negociações da autarquia com Ana Jorge «têm sido cordiais» e declarou-se «seguro que a ministra vai encontrar uma solução óptima».

«Mas são dossiers complicados e temos obrigação de dar tempo à senhora ministra», salientou.

O autarca confirmou à Lusa que na próxima semana se encontrará com a ministra da Saúde, considerando que «aí já será discutida com mais pormenores a solução para a Anadia».

«As urgências vão ser restabelecidas», declarou, adiantando, no entanto, que a ministra «não quer uma urgência exactamente como estava, ela (Ana Jorge) quer uma urgência melhor».

O que dizem os utentes

A futura solução para o hospital da Anadia deve garantir, no mínimo, os serviços prestados antes do encerramento do serviço de urgência, defendeu este domingo o porta-voz do Movimento dos Utentes do Serviço Nacional de Saúde.

«Devem ser tidos em conta os serviços que eram prestados antes ( . . .) e no mínimo devem corresponder», defendeu Carlos Braga, do Movimento de Utentes do SNS, considerando positivo que haja esta «cedência».

«Se há esta cedência, pode considerar-se que estão a ser corrigidas situações, que o ministério está a reflectir sobre esta matéria [a forma como está a ser feita a reforma do SNS]», o que é positivo, disse aquele responsável.

Para o Movimento, falta explicar «a forma e o modo» como vai passar a funcionar aquele serviço, retirado ao hospital de Anadia no início do ano, ainda por decisão do anterior ministro da Saúde, Correia de Campos.

Resposta a situações de doenças inesperadas

O Ministério da Saúde sublinhou que a solução, ainda em negociação com a Câmara Municipal, dará «resposta a situações de doenças inesperadas», como pequenos ferimentos, diarreias, vómitos, ou agudas.

«O que se pretende [com a solução que ainda está a ser definida] é devolver a confiança as pessoas e responder as suas necessidades», disse fonte oficial do Ministério, e «para isso é importante que o serviço de sáude dê resposta a esses casos».