Novas Oportunidades: «Quem quer avaliar não julga primeiro» - TVI

Novas Oportunidades: «Quem quer avaliar não julga primeiro»

José Sócrates em Bruxelas

Sócrates diz que «não há nenhum programa público que seja tão avaliado» como este e que o PSD só quer criticar

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O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que «não há nenhum programa público que seja tão avaliado como as Novas Oportunidades». «Sugerir uma auditoria às novas oportunidades é revelador de uma profunda ignorância», afirmou o líder do PS, em resposta às críticas recentemente feitas por Pedro Passos Coelho, que exigiu que seja feita uma auditoria ao programa.

José Sócrates garante «que essa avaliação já está a ser feita pela universidade católica. E além cada centro tem uma avaliação de si próprio». «Não conheço nenhum programa público que esteja sujeito a mais avaliação», frisou, durante uma conferência organizada pelo «Diário Económico», que contou com a presença de gestores e empresários.

Recordando que Passos Coelho afirmou que o programa é uma «certificação da ignorância», José Sócrates afirmou que este pedido de avaliação feito pelo PSD «é um ensejo para a crítica». E afirma: «Quem quer realmente uma avaliação, não chama ignorantes. Quem quer fazer uma avaliação não faz julgamentos antes».

Sócrates diz que «um dos grandes problemas que a economia portuguesa sempre teve foi a falta de qualificação da sua mão-de-obra. Era preciso qualificar não só as gerações futuras, mas também quem está já a trabalhar. Para isso surgiu o programa Novas Oportunidades».

«É uma tentativa séria, honesta, de resolver um problema. Para que as novas gerações não tenham que viver com o fardo de atraso que a minha geração viveu».

O primeiro-ministro diz que o programa «despoletou uma grande adesão. Mais de um milhão e meio de portugueses inscreveram-se. Todas essas pessoas revelaram desde logo coragem, porque estão a reconhecer perante os outros que não sabem o suficiente». E numa crítica indirecta ao PSD afirmou: «Esse primeiro passo de coragem deve ser elogiado pelo país. Não há movimento no país que nos encha com mais esperança do que ver estes portugueses voltar a estudar e melhorar qualificações».

E para uma plateia de empresários e gestores avisou: «Não há alternativa na economia global que vivemos sem investimento na qualificação das pessoas. Se queremos ter sucesso económico, temos que apostar no conhecimento, na formação».
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