Socialista quer fumar na Assembleia - TVI

Socialista quer fumar na Assembleia

  • Portugal Diário
  • 20 dez 2007, 18:15

Deputado pediu ao grupo parlamentar PS para «defender» espaços internos para fumadores

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O deputado do PS Marcos Sá pediu esta quinta-feira à direcção do grupo parlamentar socialista que defenda junto do Conselho de Administração da Assembleia da República a criação de espaços internos para fumadores no Palácio de São Bento, escreve a Lusa.

A lei do tabaco entra em vigor no dia 1 de Janeiro e o Conselho de Administração da Assembleia da República decidiu na quarta-feira que será proibido fumar em todo o interior do Palácio de São Bento, restando aos deputados, funcionários e visitantes fumar nos espaços ao ar livre, como o claustro.

A lei do tabaco é determina que «é admitido fumar nas áreas ao ar livre».

Hoje, na reunião do grupo parlamentar socialista, o deputado Marcos Sá levantou a questão da aplicação da lei do tabaco na Assembleia da República, contestando a decisão do Conselho de Administração.

O deputado do PS assinalou que a lei deixa em aberto a criação de espaços para fumadores, mesmo nos órgãos de soberania, ao estabelecer que «pode ser permitido fumar em áreas expressamente previstas para o efeito», desde que cumpridas condições de isolamento ou ventilação e extracção de ar.

Em declarações à agência Lusa, Marcos Sá resumiu a sua posição: «Deve cumprir-se a lei na sua totalidade, mas a lei prevê espaços para fumadores. O seu espírito não é de fanatismo total, é de protecção dos não fumadores e de tolerância em relação aos que têm o vício do tabaco».

«Pedi à direcção da bancada que sensibilizasse o Conselho de Administração para tentar inverter a decisão tomada, no sentido de serem criadas salas com extracção de fumo no edifício principal e no edifício novo», acrescentou o deputado do PS.

Na quarta-feira, o presidente do Conselho de Administração e também deputado do PS, José Lello, enumerou os locais exteriores do Palácio de São Bento, em que será permitido fumar: o claustro, a varanda do salão nobre, o jardim interior e o átrio principal do edifício principal e o jardim e o terraço do edifício novo.

«Era possível adaptar uma parte dos edifícios para que se pudesse fumar, mas isso implicava investimentos que não quisemos fazer», declarou José Lello à agência Lusa.
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