Chelas-Barreiro vai ter portagem - TVI

Chelas-Barreiro vai ter portagem

Ponte 25 de Abril

Vai custar 1,7 milhões e terá vias para o TGV, ferroviária e rodoviária

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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a localização da Terceira Travessia do Tejo (TTT) entre Chelas-Barreiro. A decisão teve por base o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que concluiu que esta opção «se apresenta como a mais favorável para a travessia ferroviária», sendo ainda «viável e justificável a associação de uma componente rodoviária».

Em conferência de imprensa, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino anunciou oficialmente a localização da próxima travessia no Tejo. A localização «Chelas-Barreiro foi aprovada pelo Executivo que adoptou em termos gerais, as conclusões e recomendações do relatório do LNEC», afirmou. Acrescentando que, ainda com base no estudo do LNEC, a nova ligação «também será rodoviária».

Questionado sobre se a decisão tinha sido política ou técnica, Mário Lino respondeu que era uma «decisão política bem fundamentada, do ponto de vista técnico» que, lembrou, veio confirmar «a aprovação preliminar que já tinha sido dada à opção Chelas-Barreiro» por outros executivos.

Duas respostas do LNEC

Mário Lino explicou que ao LNEC foi pedido que analisasse dois pontos: qual a melhor localização para a travessia do rio e se esta deveria ter uma componente rodoviária. O ministro avançou ainda que o Estudo de Impacto Ambiental deverá estar pronto no principio do mês de Maio. Se o processo decorrer de acordo com a agenda do Executivo, «o concurso internacional para o projecto será lançado em Novembro», confirmou.

Entre os items analisados pelo LNEC estiveram: equilíbrio territorial, critérios de mobilidade, acesso ao novo aeroporto, ambiente, natureza técnica e operacional e custos estratégicos de oportunidade.

Quanto vai custar?

Sem querer avançar valores definitivos, Mário Lino disse que as «estimativas do governo» apontam para «um custo de 1 700 milhões de euros», que inclui já a componente rodoviária. Sem avançar com os diferentes valores das duas

ligações estudadas - Chelas-Barreiro e Beato-Montijo - o ministro reconheceu que os custos do projecto não foram considerados «significativos» na análise do LNEC.

Relativamente às críticas do «impacto visual» causado pela travessia Chelas-Barreiro, Mário Lino admite que esse impacto «existe», mas que «será avaliado por forma a ser minimizado». Quanto às imagens da nova ponte reveladas por alguns órgãos de comunicação social, o ministro das Obras Públicas responde que cada um pode fazer, como quiser, «desenhos imaginativos».

Nova ponte terá portagem

Ficou também claro na conferência de imprensa, pela voz de Mário Lino, que a TTT será portajada. Por explicar ficou como será feita a concessão da ponte e como esta ligação vai afectar o acordo existente com a Lusoponte para Travessias no estuário do Tejo. Dois pontos que ainda «estão a ser analisados e negociados pelo ministério».

Como será a ponte

A ponte Chelas-Barreiro, que terá uma extensão prevista de 13 quilómetros, sete dos quais sobre o rio Tejo, permitirá

assegurar a ligação em alta velocidade Lisboa-Madrid, que deverá ter início em 2013.

A terceira travessia do Tejo terá duas vias para a alta velocidade, duas para a rede convencional e duas vias laterais com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário.

Estimativas de tráfego apresentadas pela RAVE indicam para esta ligação a passagem diária de 66 mil veículos em 2017. Sendo que na mesma data, a Vasco da Gama terá 91 500 veículos e a Ponte 25 de Abril 140 mil.

O relatório do LNEC acabou por excluir a opção defendida pela Confederação da Indústria Portuguesa, Beato-Montijo. Mário Lino reconheceu que entrega oficial do estudo aconteceu esta quarta-feira, mas que foi informado das conclusões «na semana passada».
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