Sócrates apela ao voto útil contra propostas «extremistas»

José Sócrates fez esta sexta-feira um derradeiro apelo ao voto útil, com a mira no BE, dizendo que «nenhuma proposta radical e extremista responde à necessidade das pessoas».

«Há para aí muitos a falar do voto útil. O voto é útil quando constrói alguma coisa, não quando destrói. O voto é útil quando serve para unir e não para dividir e o voto é útil quando esse voto faz parte da solução dos problemas e não parte dos problemas. É por isso que apelo ao voto no PS», disse o líder socialista no final do tradicional almoço de último fôlego de campanha, na cervejaria Trindade, em Lisboa.

Considerando que o país vive «um momento de grande exigência», Sócrates realçou que «o que o país não precisa é de nenhuma proposta radical e extremista». Não pronunciou o nome dos bloquistas, mas a referência às propostas de nacionalizações não deixou dúvidas sobre o alvo do seu discurso. «Sabemos onde conduzem essas propostas», acrescentou.

Numa altura em que as sondagens colocam os socialistas a uma margem confortável do PSD, mas sem maioria absoluta, José Sócrates lembrou que «só as urnas podem ditar quem vence e quem perde». «Isto ainda não acabou, não há sondagens que ganhem eleições. Só o voto do povo é que ganha eleições», disse.

O secretário-geral do PS apresentou o seu partido como o único capaz de oferecer uma governação «responsável», «competente» e «com confiança no futuro». «É em nome desses valores que apelamos aos portugueses», assinalou.

José Sócrates fez ainda uma aproximação aos independentes. «O PS é mais do que os seus próprios militantes, é um partido popular, um partido da esquerda democrática», afirmou, num almoço em que estiveram presentes várias figuras públicas, além de membros do partido, como o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira e o músico Luís Represas.

Numa revisão da campanha, José Sócrates frisou que o almoço desta sexta-feira «sublinha» e «evidência» uma marca de «grande unidade do PS», com Mário Soares, Jaime Gama e Almeida Santos, ao seu lado, na mesa. «Toda a história do PS esteve nesta campanha», concluiu.