Rejeitada com os votos do PSD, PS e CDS, o voto de condenação do BE ao governo francês pela expulsão de ciganos estrangeiros contou com 15 abstenções de deputados socialistas e de um social-democrata.
O vice-presidente da bancada socialista, Sérgio Sousa Pinto, votou a favor da resolução do Bloco de Esquerda e considerou «inaceitável o silêncio» do Parlamento face às acções do governo de Paris.
A socialista Maria de Belém, em consonância com a bancada rosa, não concorda. Lembrou que a França «é um Estado de Direito» que se rege pelos tratados comunitários e pelos Direitos Fundamentais e que «está em curso um inquérito para saber o que se passou».
Também o PSD prefere avançar com cautela. «Nós não invertemos as coisas, primeiro é preciso saber se há ou não violação das regras», declarou José Matos Correia, que manifestou estranheza que «quem quer acabar com a União Europeia esteja tão preocupado com os princípios em que ela assenta».
Na mesma linha, Nuno Magalhães, do CDS, considerou que «nenhum cidadão pode prevalecer-se da livre circulação para cometer crimes» e que qualquer Estado da União tem o direito de combater estas práticas.
Não fizeram eco na altura do voto as palavras de Helena Pinto de que «esta acção faz ecoar em nós a memória de momentos dramáticos da História da Europa».
Vários deputados optaram por apresentar declarações de voto, entre eles António Preto e José Eduardo Martins, do PSD, e os socialistas Eduardo Cabrita, Marques Júnior, João Soares e Osvaldo de Castro.
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Ciganos: voto de condenação à França rejeitado pelo Parlamento
- Redação
- CF
- 17 set 2010, 14:37
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Mas o sentido de voto dividiu as bancadas, em especial a do PS
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