Desemprego: «É fundamental falar verdade», avisa Cavaco - TVI

Desemprego: «É fundamental falar verdade», avisa Cavaco

Presidente da República diz que com a verdade os portugueses têm «comportamentos que são consistentes»

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O Presidente da República defendeu este domingo que «é fundamental falar verdade aos portugueses» para que o país consiga atingir o «grande objectivo» de redução da taxa do desemprego. O Presidente da República falou ainda sobre a aprovação do Orçamento do Estado e confessou que o chumbo é coisa que «não lhe passa pela cabeça» .

«É fundamental falar verdade aos portugueses, porque falando verdade aos portugueses eles têm comportamentos que são consistentes com os objectivos que queremos alcançar», afirmou Cavaco Silva durante uma sessão na Câmara de Tarouca, onde prestou uma homenagem aos emigrantes, alguns dos quais abandonaram Portugal à procura de emprego.

Cavaco Silva considerou que, «tendo uma boa informação, cada um comporta-se e tem uma atitude coerente» com o objectivo da redução da taxa de desemprego.

No seu entender, a «maior dificuldade» e o «maior drama» que atinge Portugal é o desemprego, lembrando que «cerca de 600 mil portugueses fazem diligências para encontrar emprego e não conseguem». Desses, «72 por cento estão nessa situação há mais de seis meses e 55 por cento estão desempregados há mais de um ano», lamentou.

«Cada um de nós pode imaginar a angústia destas famílias, o desespero, a carência alimentar que pode atingir alguns desses portugueses, a incerteza com que olham o futuro», afirmou.

Neste âmbito, o Presidente da República considerou ser «uma obrigação de todos» os portugueses contribuir «para que se avance no combate ao desemprego» e que, para isso, «é preciso colocar Portugal numa trajectória de recuperação económica».

«E aí nós precisamos do contributo das pequenas e das grandes empresas, dos grandes e dos pequenos concelhos, das comunidades do litoral e das comunidades do interior», sublinhou.

Na opinião de Cavaco Silva, só através dessa junção se poderá «mais rapidamente colocar Portugal numa trajectória de recuperação económica e de criação de emprego».

«Exige-se que as instituições da nossa democracia, no seu funcionamento, sejam um exemplo de eficiência no seu trabalho, de realismo e de união de esforços. Que cada instituição faça bem a tarefa que lhe compete», acrescentou.
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