O primeiro-ministro revelou-se «satisfeito» pela conclusão da investigação do Ministério Público sobre o processo Freeport, que deduziu acusação apenas sobre dois arguidos, Manuel Pedro e Charles Smith.
«Finalmente!», desabafou, seis anos depois do início do processo, depois de serem apresentadas as conclusões pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
José Sócrates sublinhou que «o Ministério Público concluiu que não houve quaisquer irregularidades no licenciamento ambiental do Freeport».
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«O que não constitui para mim qualquer surpresa. Sempre disse que o licenciamento cumpriu todas as regras e exigências previstas na lei. A actuação do ministério do Ambiente [que liderava] seguiu sempre padrões de grande exigência e rigor», disse, numa declaração lida aos jornalistas.
Por isso, pediu para «compreenderem» a sua «satisfação» por ver «finalmente reconhecido, preto no branco, por uma instância independente», aquilo que sempre afirmou, «mas que muitos se recusaram a ouvir».
A outra conclusão salientada por Sócrates disse respeito ao arquivamento dos crimes de corrupção, tráfico de influências e financiamento ilegal de partidos políticos. «A verdade acaba sempre por vir ao de cima», atirou.
O primeiro-ministro lamentou a «enormidade» das «calúnias» e «injustiças» que foram ditas sobre si, com o objectivo de o «atacar politica e pessoalmente».
«O meu nome foi abusivamente referido, de forma injusta, infundada e caluniosa», reforçou.
«Depois de tudo o que passei, é extraordinário quem ainda queira ver nestas declarações qualquer vitimização artificial», terminou, sem nunca especificar os alvos, e avisando que esta será «a última vez» que fala sobre este assunto.
Freeport: Sócrates «satisfeito» por ver o seu nome limpo
- Redação
- CP
- 27 jul 2010, 20:44
Primeiro-ministro sublinhou que o licenciamento ambiental não teve nada de ilegal
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