Propaganda ao TGV é «escândalo», diz PSD - TVI

Propaganda ao TGV é «escândalo», diz PSD

Partido anunciou que já apresentou queixa à Comissão Nacional de Eleições

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O PSD acusou o Governo de ter utilizado dinheiro público da empresa RAVE para fazer propaganda eleitoral socialista a favor do TGV e anunciou que apresentou queixa desta situação «escandalosa» à Comissão Nacional de Eleições (CNE). A notícia da propaganda foi avançada este domingo pela TVI: Explicações sobre o TGV em forma de propaganda.

Em causa está um folheto de 12 páginas da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) que o PSD disse ter sido «publicado no sábado com o Jornal de Notícias e no domingo com o Correio da Manhã» e que exige que o Governo diga quanto custou.

Em conferência de imprensa, na sede nacional social-democrata, em Lisboa, o secretário-geral do PSD, Luís Marques Guedes, defendeu que a publicação do folheto constituiu uma «clara violação do dever de isenção e neutralidade das entidades públicas durante o período eleitoral».

«Pôr empresas e dinheiro do Estado ao serviço dos interesses partidários é uma vergonha e uma indignidade. O Governo age como dono das empresas públicas, que não é, e paga a propaganda eleitoral socialista com dinheiro dos contribuintes, que não é seu. Trata-se de uma atitude escandalosa que não pode passar em claro», declarou o secretário-geral do PSD.

Veja aqui a reportagem sobre o folheto em vídeo

De acordo com o secretário-geral do PSD, trata-se de «pura propaganda partidária em defesa do TGV», através de «informação manipulada e tendenciosa». «Esta atitude não nos surpreende totalmente porque vem um pouco na linha daquilo que é a utilização do aparelho do Estado como máquina partidária», referiu.

«RAVE tem responsabilidade total»

Na resposta, o Governo afirmou que «a RAVE teve a responsabilidade total sobre o encarte». O Governo remete assim quaisquer esclarecimentos para a RAVE, considerando que foi a empresa quem decidiu fazer o encarte, quem o pagou e quem decidiu o «timing» da sua divulgação. «A empresa tem autonomia para este tipo de coisas», acrescentou a mesma fonte da tutela.

Contactada pela Lusa, a RAVE rejeita as acusações do PSD, considerando que a publicação do encarte tratou-se de «uma acção de comunicação normal do projecto», «tal como já houve outras».

Quanto ao «timing» da publicação - a menos de um mês das legislativas de 27 de Setembro - a RAVE considerou que «não há um motivo especial para ter sido publicado agora» além dos «vários pedidos de esclarecimento sobre o projecto que os cidadãos fazem chegar à empresa».

Notícia actualizada às 19h30
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