Assis não negoceia com ameaças de ultimatos - TVI

Assis não negoceia com ameaças de ultimatos

Francisco Assis

Discurso foi abruptamente interrompido por uma falha de energia no comício

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O líder parlamentar do PS avisou este domingo o PSD que os socialistas recusarão «ultimatos» em torno das negociações do Orçamento para 2011, num discurso que foi abruptamente interrompido por uma falha de energia no comício, informa a Agência Lusa.

Francisco Assis, que surgiu com barba curta depois destas férias, falava no comício de «rentrée» do PS, após ter sido projectado um filme sobre a concretização do Serviço Nacional de Saúde em Portugal, com um depoimento do ex-ministro dos Assuntos Sociais, António Arnaut.

No entanto, ao fim de 17 minutos, a intervenção do presidente do Grupo Parlamentar do PS foi interrompida por uma falha de energia, que cortou abruptamente as suas palavras, num dos momentos mais inflamados do seu discurso.

«Em democracia nada pode ser seriamente discutido com base em ultimatos, porque a democracia é o regime da convergência e do diálogo frutuoso», declarou Assis, cujo discurso antecedeu o do secretário geral do PS, José Sócrates.

Assis, que foi muito aplaudido, disse que o PS tem consciência de estar em posição de maioria relativa na Assembleia da República e que na próxima sessão legislativa «haverá da bancada socialista vontade de concertação».

«Mas ninguém nos poderá pedir que renunciemos a sermos nós próprios, que rasguemos o contrato que fizemos com o país. Há menos de um ano o PS ganhou as eleições e tem a responsabilidade de governar o país», sustentou.

Ainda em outro recado ao PSD, o presidente do Grupo Parlamentar procurou definir as balizar das próximas negociações em torno do Orçamento. «Estamos totalmente disponíveis para dialogar, mas não sob a forma de ultimatos, não com imposições, ainda por cima de quem perdeu as últimas eleições legislativas», frisou.

Em relação à próxima revisão constitucional, o presidente do Grupo Parlamentar do PS lembrou que este processo precisa de uma maioria de dois terços para ser aprovado. «Projectos que ponham em causa o Estado social jamais contará com os votos dos deputados do PS», salientou Francisco Assis.
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