Maçons: «O regresso ao Portugal mais nojento?» - TVI

Maçons: «O regresso ao Portugal mais nojento?»

Almeida Santos considera que obrigar políticos a declararem ligação a maçonaria é «salazarismo puro»

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O presidente honorário do PS, Almeida Santos, considerou hoje «estúpida» a ideia de obrigar políticos a declarar ligações maçónicas e frisou que a perseguição aos maçons representa o regresso ao Portugal mais «nojento» dos tempos do salazarismo, noticia a Lusa.

António Almeida Santos falava aos jornalistas na Assembleia da República, antes da sessão de lançamento de dois livros da sua autoria: «Elogia da política, da República e da globalização» e «Nova galeria de quase retratos».

O ex-presidente do PS considerou «estúpida» a ideia de obrigar titulares de cargos políticos a declarar em registo de interesse uma sua eventual filiação maçónica.

«Isso é salazarismo puro. A perseguição aos membros da maçonaria é uma coisa que não tem senso no Portugal de hoje. Mas o que é que é isto? É o regresso ao Portugal mais nojento? Sinceramente», disse o antigo ministro de Estado, visivelmente indignado.

Para Almeida Santos, «pertencer à maçonaria não tem qualquer significado em termos de honestidade na prática política.

«Aliás, [pertencer à maçonaria] só pode reforçar a honestidade e não o contrário. Se cada um quiser declarar que pertence é uma coisa, agora a obrigatoriedade de declarar, isso não», insistiu.

Interrogado sobre a perspectiva de que a maçonaria possa ser concebida como uma organização propensa ao tráfico de influências, o ex-presidente do PS deu a seguinte resposta: «Não tenho conhecimento da maçonaria como grupo de influência».

«Admito que haja um caso ou outro como há em todos os grupos. Mas tornar a perseguir a maçonaria, como perseguiu Salazar, no Portugal de hoje, acho uma coisa absolutamente condenável», acrescentou.
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