Lisboa: portagens diferenciadas ainda em estudo - TVI

Lisboa: portagens diferenciadas ainda em estudo

Ponte 25 de Abril - Foto Lusa

Governo diz que a medida é possível, mas não avança se será implementada

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O pagamento de portagens segundo o número de passageiros por carro no acesso a Lisboa e a criação de vias exclusivas para veículos com mais ocupantes são propostas dum plano para melhorar a qualidade do ar da cidade, mas que ainda serão estudadas.

«O objectivo essencial é defender a saúde de todos nós. Temos problemas graves de qualidade do ar no Grande Porto e na Grande Lisboa. Houve estudos feitos para as duas áreas que elencaram medidas possíveis. As entidades responsáveis por aquelas várias medidas têm que decidir quais querem adoptar», explicou à agência Lusa o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Com a coordenação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, as câmaras municipais, transportadoras e concessionários de auto-estradas ou pontes vão ainda seleccionar que medidas consideram mais eficazes para que seja aprovado um Programa de Execução concreto, especificou Humberto Rosa.

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No caso da introdução de portagens diferentes consoante a ocupação dos veículos, Humberto Rosa explica que essa medida teria de ser avaliada por diferentes entidades.

O secretário de Estado ressalva ainda que há que ter em conta que é necessário avaliar como é que a portagem pode ser tecnicamente adaptada a controlar a diferenciação consoante o número de ocupantes do veículo.

Humberto Rosa escusou-se a elencar quais as medidas deste plano mais prioritárias, embora considere que a grande maioria delas é «muito eficiente». «Não há uma pré-decisão daquelas medidas que o Governo entenda que devem ser aplicadas, mas vejo como provável que as entidades competentes as possam vir a adoptar», disse à Lusa.

Segundo Humberto Rosa, até ao final do primeiro semestre do próximo ano já deverão estar decididas quais as medidas a aplicar, para que depois possa ser aprovado um programa de execução.

Portagens possíveis, mas não prioritárias

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, assegurou que a introdução de portagens diferenciadas e urbanas em Lisboa é uma medida possível, mas não é prioritária e só será utilizada em último caso.

«É possível, é uma medida que vem em qualquer manual de mobilidade sustentável. Já foi aplicada em algumas cidades, como em Londres, mas estamos numa fase em que muitas medidas existem ainda antes de ter que chegar a essa. Será só numa situação limite», afirmou.

A secretária de Estado disse que a introdução de portagens urbanas e diferenciadas em função do número de pessoas que viajam num automóvel «é o limite da actuação quando tudo o resto já falhou».

Ana Paula Vitorino referiu que os valores limite da poluição do ar foram ultrapassados na região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular a norte, e que a principal razão foi «o excesso de utilização de viaturas particulares».

«Há outras medidas em curso para melhorar o problema, como a extensão das linhas do metro, e outras que ainda não estão em curso mas já foi dada a orientação para que se concretizem, como o aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural», afirmou.

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