Investigações criminais ao BCP podem requerer cooperação internacional - TVI

Investigações criminais ao BCP podem requerer cooperação internacional

Presidente da CMVM acusa BCP de prestar informações falsas

Autoridades dizem que investigação é «especialmente complexa, muito técnica e pericial»

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As investigações de âmbito criminal ao caso BCP, que estão desde final de Dezembro entregues a uma secção especializada do DIAP, podem requerer cooperação internacional, revelou esta terça-feira à «Lusa» fonte judicial.

«(A investigação) poderá envolver necessidade de cooperação internacional», adiantou esta fonte, sem adiantar pormenores, já que o caso se encontra em segredo de justiça.

As autoridades judiciais consideram a investigação «especialmente complexa, muito técnica e pericial» e em que a recolha de provas «envolve alguma demora, necessariamente».

As investigações foram desencadeadas depois de uma denúncia feita à Procuradoria Geral da República (PGR) e estão entregues à 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), atendendo à competência especializada, na área da corrupção e criminalidade financeira.

A Polícia Judiciária, através da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), está também estreitamente envolvida nestas investigações.

A mesma fonte sublinhou, ainda, que o processo decorre em «articulação estreita com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e o Banco de Portugal».

Estas entidades, que são os supervisores e reguladoras do sector financeiro estão também a desenvolver averiguações e a lei prevê que, se no âmbito dessas investigações detectarem algum indício de ilícitos criminais, estes sejam encaminhados para o Ministério Público.

O processo BCP deverá, aliás, ser um dos temas no almoço de trabalho, esta quinta-feira, que o Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, e o presidente da CMVM, Carlos Tavares, têm, por iniciativa deste.
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